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Aedes aegypti: Saúde intensifica ações nos bairros com maior infestação
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulga, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), da Gerência de Controle das Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos e do Programa Municipal de Controle da Dengue, os resultados do 1º ciclo de 2017 do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento é realizado para detectar o índice de infestação do mosquito por bairro e direcionar ações pontuais nos locais onde a proliferação do transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya for mais intensa.
Realizado no período de 04 a 07 de abril, o levantamento contabilizou um total de 16.389 imóveis inspecionados pelos agentes de endemias que atuam no combate ao mosquito, em 42 bairros da capital alagoana. O resultado geral voltou a indicar a Ponta Verde como a localidade de maior percentual do Índice de Infestação Predial (IPP) – 9,29% – com focos encontrados principalmente em depósitos fixos. O bairro também é apontado, junto com a Pajuçara, como o maior índice por área (6,7%).
“Na maioria dos casos, os focos dessa área foram detectados em tanques de canteiros de obras e piscinas de imóveis fechados, que receberão atenção maior por parte dos agentes que trabalham no campo, não só com o reforço nas inspeções dos imóveis dessa área e adjacências, mas também no repasse de orientações e ações de tratamento para a eliminação de focos, larvas e mosquitos”, afirma a gerente de Controle das Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da SMS, Carmem Samico.
Por área, também aparecem em destaque com um alto índice de infestação, os bairros de Garça Torta, Jacarecica, Cruz das Almas e Mangabeiras, somando um percentual de 3,4%. Afetados, principalmente pela deficiência no abastecimento de água, predomina, nos bairros da região norte da cidade, a proliferação de focos do Aedes aegypti em depósitos ao nível do solo – tonel, tanque, poço, cisterna, balde, caixa d´água, etc. A Gerência reforça, porém, que o acúmulo de lixo também contribui significativamente para o aparecimento dos focos do mosquito.
Na terceira posição, com um percentual de 4,5% por área, estão relacionados os bairros do Centro e Jaraguá. Nestes, também há o predomínio de focos encontrados em depósitos ao nível de solo, que se somam aos depósitos móveis (vasos, bebedouro, etc.).
A Diretoria de Vigilância em Saúde reforça que a SMS – por meio de suas diversas coordenações e gerências – vem trabalhando de forma permanente nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, seja com atividades educativas ou ações de campo, estas realizadas também em parceria com as demais secretarias do município, órgãos públicos, instituições de ensino e empresas privadas.
Além das ações contínuas de inspeções em imóveis por toda a cidade, da busca ativa por focos de mosquito e da orientação à população pelos agentes de endemias, a SMS vem fazendo a coleta semanal de pneus em borracharias e terrenos baldios. Com a Defesa Civil, a parceria se dá em ações de controle do vetor em imóveis abandonados. E sem falar nas ações educativas desenvolvidas pela Gerência de Promoção e Educação em Saúde (Gepes), que, junto com a Secretaria Municipal de Educação desenvolve atividades nas escolas públicas, com o Programa Saúde na Escola e o Projeto Escola Alerta.
“Temos trabalhado continuamente para manter o controle sobre o vetor e evitar o risco de epidemia de qualquer doença relacionada ao Aedes aegypti. O alerta que fazemos, no entanto, é também um chamamento direcionado à população, para que fortaleça essa luta cumprindo seu papel, adotando os cuidados necessários em seus domicílios e comunidades, para que o controle sobre o vetor possa se tornar realmente eficaz”, ressalta a diretora de Vigilância em Saúde , Fernanda Rodrigues.
Dados epidemiológicos – De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela DVS, referente à 16ª Semana Epidemiológica (período de 16 a 22/04) foi notificado em 2017 um total de 135 casos de dengue em Maceió. No mesmo período de 2016, foram notificados 1.654 casos da doença.
Febre Chikungunya – O mesmo documento aponta que este ano foram notificados 107 casos de febre chikungunya. Em 2016, foram notificados 5.558 casos, sendo 4.052 confirmados.
Zika – O boletim mostra ainda que foram notificados até a 16ª Semana Epidemiológica 31 casos suspeitos, sendo 23 confirmados por critério clínico-epidemiológico. Os demais estão sob investigação. Em 2016, foram notificados 5.982 casos suspeitos, 161 deles confirmados por laboratório.