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Dia do Trabalhador é marcado por manifestação na orla de Maceió
A organização do evento estima que 20 mil pessoas participaram da manifestação
Integrantes de movimentos de trabalhadores de diversas categorias se reuniram na manhã desta segunda-feira (1°), na orla de Maceió, para participar de um ato em celebração ao Dia do Trabalhador.
A organização do evento estima que 20 mil pessoas participam da manifestação. A Polícia Militar acompanha o ato e contabilizou 6 mil participantes.
Eles se concentraram às 7h30 no Posto 7, no bairro da Jatiúca, onde exibiram bandeiras, cartazes e realizaram apresentações culturais. Às 11h, tomaram parte da Avenida Álvaro Otacílio e seguiram em caminhada até a Praça Gogó da Ema, em frente ao antigo Alagoinha, na Ponta Verde.
O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), José Cícero, explica que o ato deste ano é um protesto contra as reformas trabalhista e previdenciária. As duas são propostas do governo federal e estão em tramitação em Brasília.
"Já é uma tradição, todo Dia do Trabalhador reivindicamos pelos nossos direitos. E dessa vez mais ainda, pois não temos o que comemorar nesse dia. Essas propostas do governo Temer estão destruindo os sonhos e conquistas antigas de toda uma nação. Estão rasgando a constituição com essas terceirizacões que pretendem acabar com os concursos públicos.
Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Alagoas, Manuel Lima, não há motivos para se comemorar neste feriado.
"Estamos aqui protestando contra a medida provisória e essas novas leis trabalhistas. É um absurdo o que querem fazer com a aposentadoria. Seria melhor dizer que não vai ter aposentadoria para ninguém", afirmou Lima.
O advogado Maurício Leandro, 35, é simpatizante dos movimentos participantes do ato.
"Estou aqui porque sou contra o golpe que foi aplicado à democracia e contra a violação do estado democrático de direito, além dos desmandos de corrupção que estão ocorrendo. Por tudo isso sou a favor da movimentação. Essas novas leis trabalhistas são uma forma de escravizar modernamente o trabalhador, tirando dele direitos já consagrados a décadas", diz Leandro.