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Pesquisadores dizem que vermes achados no Rio São Francisco não oferecem riscos à população
Professores dos cursos de Engenharia de Pesca e Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) emitiram, na sexta-feira (12), uma nota informando que os “vermes” localizados nas águas do Rio São Francisco, no trecho dos municípios de Penedo, no estado de Alagoas, e Neopólis e Brejo Grande, no estado de Sergipe, não oferecem riscos à população.
Segundo eles, os animais aquáticos tratam-se de poliquetas. Animais que são considerados comuns e importantes para a dieta de diversas espécies de camarões, peixes e aves. Não sendo assim, parasitas que possam transmitir doenças ou gerar qualquer risco ao homem.
“O poliqueta (Laeonereis sp.) encontrado em Penedo faz parte da Família Nereididae, uma das mais comuns e conhecidas do Brasil. São animais onívoros (se alimentam de matéria orgânica vegetal e animal), com poucos centímetros de comprimento, que podem habitar desde praias arenosas a rios", expõe a nota.
Os pesquisadores esclarecem ainda que o grande número de poliquetas registrado nos últimos dias no Rio São Francisco está relacionado a um evento natural de agregação reprodutiva já observado em muitos outros lugares do mundo, sendo pela primeira vez descrito para o Brasil.
“Nestes eventos, muitos indivíduos adultos saem do fundo para desovar próximo da superfície da água. Isso acontece geralmente em dias de lua cheia em determinadas épocas do ano.Portanto, a presença destes animais na água do rio não traznenhum prejuízo ou acarreta doenças para o ser humano”, completa a nota.
Prejuízos
Por conta do aparecimento dos poliquetas, que gerou preocupação entre ribeirinhos, a captação e distribuição de água chegou a ser suspensa nos municípios de Penedo, em Alagoas, e Neópolis e Brejo Grande, no estado de Sergipe, prejudicando milhares de pessoas.