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Servidores da prefeitura de Maceió e do Estado podem ficar sem reajuste este ano
Rui Palmeira e Renan Filho alegam dificuldades financeiras e só devem anunciar se darão reajuste ou não no final de maio
A data base dos servidores municipais de Maceió é em janeiro. Até agora a prefeitura da capital não disse sim, nem disse não. O fim do “mistério” no entanto está próximo. O prefeito Rui Palmeira anunciou durante a entrevista no Conversa de Botequim, o começo dessa semana, que dará uma posição sobre o aumento salarial em reunião que deve acontecer no próximo dia 25.
Ao ser questionado sobre o aumento dos funcionários públicos, Rui Palmeira avisou que não há como se comprometer com o reajuste antes de analisar os números do primeiro quadrimestre. Em outras palavras, o prefeito espera pelo resultado do balanço de receitas e despesas do município entre janeiro e abril deste ano e das projeções que serão feitas por sua equipe econômica para ver se o município tem condição de dar algum reajuste.
“Vamos sentar com os sindicatos no final do mês e conversar. Se houver possibilidade de aumento, nós daremos. Se não, vamos mostrar as dificuldades. Esperamos e trabalhamos para conseguirmos dar aumento, mas não podemos cometer a irresponsabilidade de reajustar os salários e não conseguirmos pagar”, explicou Rui Palmeira.
Anote aí. Não será fácil para Rui Palmeira dar qualquer percentual aos servidores. Os números da prefeitura de Maceió não são bons. A arrecadação está em ritmo de estabilidade enquanto as despesas continuam aumentando.
RF também faz mistério
A situação do servidor público estadual não é muito diferente. O governador Renan Filho só deve acabar com o mistério em torno do reajuste salarial no final do mês. A data base do funcionalismo público estadual é maio o governador deve esperar até o último dia para anunciar se vai dar algum reajuste. Se der, anote, será abaixo da inflação e parcelado, com vigência a partir de junho.
Alagoas tem uma situação financeira, hoje, melhor do que a da prefeitura de Maceió. O governador, no entanto, anda preocupado com a possibilidade de um reajuste salarial desequilibrar as finanças do estado, assim como aconteceu com Sergipe, Minas Gerais ou Rio grande do Sul.
A posição do governo deve ser anunciada após uma rodada de negociação com sindicatos que representam os servidores.