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Assistência Social incentiva e apoia adoção em Maceió
Adoção. Para o dicionário, o significado da palavra é Processo ou ação judicial que se define pela aceitação espontânea de alguém como filho(a). Para quem apoia a causa, o significado é único: um ato de amor.
E é assim, como um ato de amor, que educadora social Ariana Cledja define a adoção do seu filho. Adriano tinha 14 anos e estava acolhido na Unidade de Acolhimento Institucional Acolher – uma das unidades da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) – quando conheceu a educadora. “Conheci o Adriano no Acolher. Ele não era de muita conversa… uma vez o levei para comer pizza no shopping com meu outro filho e acabou que ele passou o final de semana com a gente. Esse convívio começou a ser cada vez mais frequente e decidi adotar. Lá em casa, tanto meu marido, como meu filho me apoiaram na decisão e há dois anos Adriano está com a gente lá em casa. Ele é um menino ótimo e, por incrível que pareça, se parece mais comigo do que meu filho biológico”, explica Ariana.
Histórias como a da Ariana, infelizmente, não são comuns. A adoção tardia ainda é pouco procurada e, por causa da baixa procura, muitas crianças e adolescentes ainda aguardam um lar nos abrigos da capital.
Na Dia Nacional da Adoção, 25 de Maio, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) reforça o apoio e incentiva a adoção, principalmente a tardia. “A gente espera que mais famílias se proponham a adotar e possam dar um verdadeiro lar para esses meninos e meninas, pois num abrigo, por melhores condições que a gente possa ofertar, nunca será igual a um lar… ao carinho, amor e dedicação de uma família. Enquanto isso não acontece, o Município de Maceió trabalha na garantia de direitos desses jovens e agora estamos trabalhando a autonomia deles, inserindo em cursos profissionalizantes para que eles tenham mais oportunidades no mercado de trabalho”, ressaltou a secretária de Assistência Social, Celiany Rocha.
Em Maceió, a 28ª Vara da Infância e da Juventude é a responsável pelos processos de pedidos de adoção das crianças que aguardam, nas unidades de acolhimento institucional da capital, por um novo lar. De acordo com os dados da Justiça, 43 crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos aguardam para serem adotados. São jovens que, por algum motivo, tiveram que ser desvinculadas de seus pais biológicos.
Para adotar, o interessado precisa ter mais de 18 anos, possuir estabilidade financeira e o estado civil, ao contrário do que muita gente pensa, não interfere no processo. O candidato é submetido a algumas avaliações, entre elas, um teste psicossocial, com entrevistas e visita domiciliar, feitas por equipes técnicas interprofissionais, para, só depois, ser considerado apto para levar o novo filho.
“Sempre que me perguntam eu incentivo a adoção tardia. Mas uma coisa que sempre deixo claro é que para adotar é preciso amar. Essas crianças precisam do nosso amor”, completou a mãe do Adriano.
Juizado da Infância e da Juventude
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