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Governo de Alagoas investirá em salas de aula nos acampamentos e assentamentos
O Governo de Alagoas retomará o programa das escolas itinerantes visando o fortalecimento da Educação no Campo, uma modalidade da educação e ocorre em espaços denominados rurais. A ação é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação, o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT-AL).
Ao todo, serão instaladas 34 turmas, sendo 25 no sertão, seis na zona da mata e três no litoral. A estimativa é alfabetizar aproximadamente 500 jovens, adultos e idosos de acampamentos e assentamentos em 12 municípios, são eles: Água Branca, Branquinha, Flexeiras, Inhapi, Major Isidoro, Maragogi, Mata Grande, Messias, Murici, Olho d’Água do Casado, Pão de Açúcar e São Miguel dos Milagres.
Nessa nova etapa, a novidade será a inclusão dos agricultores familiares que residem nos assentamentos do crédito fundiário e são acompanhados pelo Iteral. “Nós tivemos a preocupação de contemplar as famílias do crédito fundiário. Essa é uma iniciativa pioneira, vamos iniciar com turmas em Pão de Açúcar, porque é o município com maior número desses assentamentos que possuem uma linha diferenciada no Programa Nacional da Reforma Agrária e essa ação trará vários benefícios para o sertão alagoano”, exaltou o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva.
De acordo com o vice-governador e secretário de estado de Educação, Luciano Barbosa, trata-se de uma política diferenciada, que respeita os agricultores familiares e contribuirá para a transformação social.
“É importante que o Estado de Alagoas se preocupe com a educação contextualizada, dentro desse segmento, temos o trabalho da educação no campo que tem uma particularidade dentro do contexto do meio rural preservando a cultura, os valores e a vida do homem no campo tal como ela e levando mais dignidade. Para isso, é preciso trabalhar com as pessoas que têm mais experiência e o Estado entende que deve fazer parcerias, entre elas, com a Pastoral da Terra que já conhecem e trabalham com isso há muito tempo possam nos ajudar a vencer os obstáculos no meio rural”, destacou Barbosa.
“A CPT tem uma experiência de mais de uma década voltada para a educação daqueles que moram no campo, seja em áreas de acampamento ou assentamento. Estamos querendo beneficiar aquelas pessoas que muitas vezes têm dificuldades, trabalha na roça e não têm tempo de ir para a escola. No convênio com o Governo do Estado, e com o apoio do Iteral, vamos implantar essas salas de aula para atender as famílias camponesas”, citou o coordenador estadual Carlos Lima.
O programa encontra-se em processo final de tramitação e terá uma vigência de 12 meses, prevê a atuação de coordenadores pedagógicos, e para que ocorra de forma positiva, serão selecionados educadores e educadoras que residam na própria comunidade e detenham o nível de educação adequado para trabalhar em salas de aula. O início dos trabalhos está previsto para o mês de julho, com uma capacitação de três dias destacando as especificidades desse modelo de educação e questões socioculturais.