Por acreditar na tecnologia como uma das forças transformadoras na educação, o Governo do Estado a elegeu como um dos seus principais pilares, investindo, nos últimos dois anos, mais de R$ 25 milhões em tecnologia e inovação nas escolas da rede pública estadual.

Dentre as diversas ações empreendidas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) na área estão a disponibilização de recurso para todas as escolas adquirirem internet banda larga, renovação do parque tecnológico, com a aquisição de novos computadores para os laboratórios de informática - três mil máquinas ao todo - e aposta na robótica como ferramenta para despertar o interesse dos jovens estudantes em ciência e tecnologia.
 
Para o secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, investir nesta área é indispensável, sobretudo nos dias atuais, pois disponibiliza ferramentas para dinamizar o aprendizado dos estudantes da rede.
 
“O uso das novas tecnologias na sala de aula torna o ensino mais atraente e instigante. É fundamental e muito gratificante oportunizar estas experiências e aprendizados aos nossos estudantes, com o uso da robótica, e percorrer todo o Estado para a renovação do parque tecnológico, levando os novos laboratórios de informática, além do envio de recursos direto para a escola para a contratação de internet e manutenção de equipamentos. A tecnologia na escola beneficia a todos: gestão, professores e alunos”, explica o secretário.
 
Transformando realidades
 
Até 2016, apenas duas escolas da rede estadual de Alagoas realizavam atividades ligadas à robótica: a Escola Estadual Edmilson Pontes, em Maceió, em virtude de projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e a Escola Estadual Ana Lins, de São Miguel dos Campos.
 
De olho nos resultados destas unidades, a equipe pedagógica da Seduc percebeu o crescente interesse dos estudantes pela ferramenta e decidiu investir na modalidade, adquirindo, inicialmente, kits de robótica para 50 escolas da rede estadual. Este ano, o projeto será ampliado para mais 45 unidades, totalizando 95 escolas com robótica.
 
Os professores responsáveis pelo manuseio dos kits passaram por duas capacitações e, em poucos meses, conseguiram excelentes resultados com os alunos. A robótica na rede pública estadual iniciou de fato em maio de 2016 e, em novembro do mesmo ano, a I Mostra de Robótica, realizada durante o Encontro Estudantil, superou as expectativas.
 
Além do desenvolvimento pessoal, estudantes buscam melhorias para o ambiente em que vivem. Foi o caso de John Souza e José Francisco, da Escola Estadual Laura Chagas, de Santana do Ipanema, vencedores da Mostra de Robótica com um projeto que visa melhorar a distribuição de água na região. Eles relatam que a ideia surgiu após perceberem os danos causados pela seca.

“Eu nunca imaginei que o Sertão pudesse ter ensino integral e aulas de robótica. Aqui, eu tenho aulas pela manhã e pela tarde e curso de ensino profissionalizante. Eu sempre sonhei em construir um robô, em ganhar prêmios e, agora, eu consegui”, fala José Francisco.
 
Antenada com o desenvolvimento
 
Outro investimento que também tem garantido novas experiências e aprendizados aos estudantes da rede nos quatro cantos do Estado é o programa Escola Web, que, além do repasse de R$ 2,7 milhões para a contratação de banda larga e manutenção de laboratórios de informática das instituições, disponibiliza uma plataforma digital com conteúdos de aprendizagem para todas as redes de ensino.
 
Para gestores, professores e estudantes, em tempos tão modernos, onde a informação está praticamente acessível a todos, esta tecnologia era algo que fazia falta nas escolas estaduais. Hoje, eles comemoram esta nova realidade e falam como estes recursos tecnológicos mudaram a rotina escolar.
 
Quitéria Calado, diretora da Escola Estadual Manoel de Matos, em Santana do Mundaú, conta que o novo laboratório, entregue recentemente, aproxima a escola da realidade dos alunos. A unidade também foi beneficiada com R$ 10 mil do Escola Web.
 
“Esperávamos há muito tempo por este momento, pois perdemos nosso laboratório em 2010 durante a enchente. Este espaço mudou a nossa rotina, os professores o utilizam constantemente para as suas atividades, motivando os alunos ainda mais para o aprendizado”, destaca a gestora.
 
Maria Quinô Vicente, professora de língua inglesa da Manoel de Matos, já incluiu o uso das tecnologias em suas aulas. Ela destaca como a aplicação do programa Escola Web em sala de aula a ajudou no seu próprio desenvolvimento como educadora: o programa foi objeto de projeto de pesquisa com o qual a professora foi aprovada em mestrado na Ufal.
 
"Destaquei a importância do uso da ferramenta no processo de ensino e aprendizagem, fazendo uso dos objetivos digitais de aprendizagem lá disponíveis, a exemplo de simuladores, e-books, vídeos, softwares, entre outros”, afirma a professora, declarando que hoje já solicita dos alunos a produção de jogos digitais e outros.
 

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