No intuito de aperfeiçoar o trabalho artesanal e conhecer a experiência exitosa de Alagoas no segmento, artesãs do Ceará e a Coordenação do Artesanato do Estado visitaram, nesta terça-feira (27), o Instituto do Bordado Filé (Inbordal), na Ilha de Santa Rita, para conhecer as técnicas utilizadas e o processo de confecção das peças.
 
Desde 2016, o Inbordal possui a certificação de Indicação Geográfica (IG) do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que funciona como um selo de qualidade e originalidade do produto desenvolvido em determinada região.

"Receber artesãs e técnicos de outros estados mostra que somos referência na produção do bordado filé. Por isso, nosso conhecimento deve ser repassado para fortalecer o segmento. Quanto mais pessoas se aperfeiçoarem e reproduzirem as técnicas, mais conhecido se tornará o artesanato", destacou a presidente do Inbordal, Petrúcia Lopes.
 
As artesãs trocaram experiências e tiraram dúvidas sobre acesso ao mercado, capacitações, oficinas e noções de associativismo. A visita se estendeu, também, ao bairro Pontal da Barra, que abriga uma das principais produções artesanais de bordado filé do Estado.
 
A missão foi articulada pela Gerência de Design e Artesanato da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) e Sebrae.
 
“Entendemos que essa procura e aumento na visibilidade pode ser atribuída à qualidade dos produtos locais. O artesão alagoano trabalha a identidade em suas peças, utilizando referências de seu cotidiano, matérias-primas e técnicas que diferenciam e fazem com que a produção seja enxergada com originalidade”, ressaltou Daniela Vasconcelos.
 
Para a técnica da comissão de Curadoria do Artesanato do Ceará, Lúcia Coelho, a escolha de Alagoas para a realização da missão técnica se deu exatamente pelo reconhecimento e qualidade da produção artesanal.
 
“O Governo do Estado do Ceará trabalha com a intenção de capacitar os artesãos para a comercialização. Diante disso, essa troca de experiência com Alagoas é fundamental para entender como a cadeia é tratada em outras localidades e de que forma podemos aplicar a nossa realidade”, ressaltou Lúcia Coelho.
 
A missão técnica segue até esta quarta-feira (28), quando a equipe se reunirá com consultores do Sebrae para conhecer o processo de certificação de Indicação Geográfica.