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Ações da Polícia Civil reduzem em 44% roubo de cargas em Alagoas
Operações realizadas pela Polícia Civil, com o desmantelamento de quadrilha, reduziram em 44% o número de roubo de cargas nas rodovias de Alagoas, nos últimos meses. Os valores das cargas roubadas também tiveram queda de 63%.
Os números levantados pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas junto ao Sistema de Informação Policial (Sispol) tomam como marco a prisão de um grupo criminoso, no mês de março, liderado por Luciano Gomes Pereira, conhecido como ‘Patrão’, que atuava de forma articulada com criminosos de São Paulo.
Antes da descoberta desta quadrilha havia o registro, este ano, de 18 roubos de cargas em território alagoano, sendo oito em janeiro e cinco nos meses de fevereiro e março. Com a prisão do grupo, os números caíram para quatro nos meses de abril e maio, e apenas dois em junho, totalizando dez roubos de cargas nesses três meses.
Os valores das cargas roubadas, de acordo com a delegada de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas, Maria Angelita, também tiveram uma redução drástica. Nos três primeiros meses do ano, antes da prisão da quadrilha, o total roubado chegava a R$ 2,6 milhões. Nos meses de abril, maio e junho, os valores roubados foram de R$ 963 mil, uma queda de 63%.
A prisão da quadrilha liderada por Luciano Gomes Pereira, de 34 anos, resultou de uma investigação minuciosa, realizada por aquela delegacia especializada. ‘Patrão’, como é conhecido, é paulista e estaria residindo em Marechal Deodoro.
Juntamente com os outros comparsas, ele costumava 'ostentar' com festas badaladas e carros luxuosos. Para cometer o crime, em muitos casos, a quadrilha tentava aliciar os caminhoneiros para fingir um roubo e, quando não conseguiam, praticavam o assalto.
Luciano e Maciel Silva dos Santos, de 29 anos, foram presos no Francês, enquanto Paulo Roberto Santos Jr., de 30 anos, e Allysson Clério de Araújo Bezerra, de 34 anos, foram detidos na cidade de Arapiraca, no Agreste de Alagoas. Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, como uma Land Rover, uma Amarok e um jet-ski.
As investigações apuraram que Luciano tem uma lista de envolvimento em diversos crimes, como falsificação de notas em SP e o resgate de um preso em Montes Claros, Minas Gerais. O fugitivo teria vindo para Alagoas e se hospedado na casa de Luciano, na praia do Francês, em Marechal Deodoro.
A delegada Maria Angelita revela que o grupo geralmente agia pegando informações de caminhões que saíriam em São Paulo para entregar cargas em Alagoas. Somente uma carga de tênis da marca Nike, roubada em Alagoas, foi avaliada em R$ 500 mil.
A delegada explica que, às vezes, os roubos eram articulados com fontes paulistas que, geralmente, tentavam aliciar caminhoneiros que iriam fazer a entrega. O acordo seria para que eles se rendessem de forma falsa, ganhando uma remuneração por isso. Quando não conseguiam aliciar, eles assaltavam, pegando a rota do veículo e efetuavam a ação.