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Preço da gasolina tem reajuste em postos após governo aumentar impostos
Litro da gasolina deve ficar R$ 0,41 mais caro se houver repasse integral; postos sem aumento de preço têm fila de automóveis
Após a alta de PIS e Cofins nos combustíveis anunciada na quinta-feira (20) pelo governo, os postos já aumentaram o preço da gasolina pelo país. O G1 encontrou estabelecimentos que reajustaram os preços nos estados de SP, MG, ES, PR, PI, PE, BA, MS, RS, RN, AL, PB, além do DF. No caso do Piauí, Paraná, Paraíba e Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, motoristas fizeram fila para abastecer seus veículos em postos que não haviam subido os preços.
A alíquota de PIS e Cofins ficou mais alta para a gasolina, o etanol e o diesel. No caso da gasolina, a tributação mais que dobrou, passando de R$ 0,38 para R$ 0,79 por litro. Se a alta for repassada na íntegra para o consumidor, o litro da gasolina deverá ficar R$ 0,41 mais caro no país. A decisão sobre o repasse ao consumidor final, contudo, é de cada posto de combustível.
No levantamento do G1 nos postos de combustíveis no país, há estabelecimentos que mantiveram os preços, outros que fizeram o repasse em linha com o aumento dos impostos e há ainda postos que aumentaram os preços acima do valor do reajuste.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, os postos de combustíveis do país já receberam das distribuidoras o repasse do aumento do PIS e Cofins nos preços. Considerando a Cide, que é de R$ 0,10 por litro, os impostos sobre a gasolina devem custar aos motoristas R$ 0,89 para cada litro.
“Vai ter posto com estoque baixo que subirá os preços de imediato, enquanto outros tentarão segurar um pouco, porque o mercado está muito competitivo”, afirma Gouveia, acrescentando que os R$ 0,41 de aumento "assustaram" o setor, que esperava uma elevação na faixa de R$ 0,10.
Na avaliação do presidente do Sincopetro, o aumento deve desaquecer o consumo nos postos. "O mercado já estava fraco e, diante dessa elevação, a expectativa é de uma queda ainda maior nas vendas".
Procurado, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) não se posicionou sobre o aumento até a última atualização desta notícia.
O G1 entrou em contato com a Petrobras e com a União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), que representa os produtores de etanol, e aguarda posicionamento.
Veja a situação nos postos de combustíveis em Maceió:
Em um dos postos visitados pela reportagem, na Cambona, no bairro do Bom Parto, onde o valor do litro era de R$ 3,68, passou a ser cobrado R$ 4,08. A expectativa é que, à medida que os estoques forem renovados, esse valor seja cobrado na maioria dos estabelecimentos da capital, que estavam com preço médio de R$ 3,65.