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Governador recebe criadores de camarão e garante incentivo à carcinicultura
O governador Renan Filho recebeu, no Salão de Despachos do Palácio República dos Palmares, na quinta-feira (20), integrantes da Associação dos Criadores de Camarão do Estado de Alagoas (Acal). O presidente da entidade, Alfredo Pereira, apresentou ao chefe do Poder Executivo as potencialidades econômicas da carcinicultura e os principais gargalos que impedem que a atividade se desenvolva em Alagoas.
Alfredo Pereira apontou a legislação como o principal entrave para a atividade em Alagoas, o que torna o processo de instalação lento e burocrático. “Estamos buscando a dinamização, por meio da simplificação da legislação, para a criação do camarão. Desejamos que todo esse processo seja desburocratizado e simplificado. Isso vai impulsionar o início da cadeia produtiva do camarão em Alagoas. A legislação contempla áreas pequenas para o processo simplificado e ordinário. com a simplificação, há uma burocratização da licença prévia, de instalação e de operação. O que buscamos nessa licença simplificada é uma só licença e uma só outorga”, detalhou Alfredo Pereira.
A ACAL foi criada em junho e congrega cerca de 50 integrantes. O presidente da Associação explica que a carcinicultura em Alagoas enfrenta restrições para se desenvolver em áreas próximas das unidades de conservação, cujos planos de manejo proíbem a atividade por meio de instrução normativa.
“Piaçabuçu possui duas APAs (Áreas de Proteção Ambiental), uma estadual e outra federal. Nessa área federal, o Plano de Manejo proíbe a atividade de carcinicultura, apesar de que toda uma grande faixa dessa APA já se encontra antropizada (alterada por consequência da atividade humana), ou seja, há cultivo do coco, do arroz; então, propomos apenas uma adequação para o cultivo do camarão”, disse Pereira.
O presidente da Acal destacou as potencialidades econômicas da carcinicultura na geração de emprego e renda. “Temos parâmetros científicos aferidos pela Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) que demonstram que a carcinicultura emprega três a quatro vezes mais do que o cultivo da cana-de-açúcar, que o cultivo do coco, duas vezes mais que o cultivo da uva, então das culturas desenvolvidas em Alagoas, a carcinicultura tem um potencial imenso de empregabilidade e de desenvolvimento econômico e social para o Estado”, considerou.
O governador prometeu apoio aos produtores e incentivo à atividade. “A produção de camarão vai colaborar com a geração de emprego e renda numa região que precisa. Já resolvemos todas as questões locais e, inclusive,estamos revendo nossa legislação. Precisamos, agora, solucionar as questões em âmbito federal e eu vou pessoalmente me dedicar a isso", afirmou o governador”.