A ex-secretária de Estado de Saúde (Sesau) e atual reitora da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Rozangela Wyszomirska, teve que prestar esclarecimentos à Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira, 8, em Maceió. 

Ela foi conduzida coercitivamente durante a Operação Correlatos, da Controladoria Geral da União (CGU) e da PF. O objetivo da ação é investigar um suposto esquema criminoso na pasta estadual da saúde envolvendo fraude de licitações.

Rozangela comandou a secretaria nos anos de 2015 e 2016, período em que a PF identificou irregularidades. A suspeita é que o esquema consistia em fracionar ilegalmente as aquisições de mercadorias e contratações de serviços.

Para tentar burlar as autoridades, cada aquisição/contratação tinha o valor menor ou igual a R$ 8.000. O montante do valor desviado de verbas do Serviço Único de Saúde (SUS) seria superior a R$ 180 milhões. 

Se calculado de 2010 a 2016, o montante chega a R$ 237.355.858,91. Ao todo estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió, Arapiraca, Recife/PE, Paulista/PE, Aracaju/SE e Brasília/DF. 

As empresas investigadas de participar no esquema são: a Oxmed, Comed, D&A farma, Técnica Demanda e Distribuição Hospitalar e Comac. As empresas, apesar de distintas, eram formadas por parentes.

Confira nota da Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) acompanha as investigações dos órgãos competentes e está à disposição para fornecer o que for necessário para o seu andamento. A Sesau ressalta que não compactua com qualquer tipo de ilicitude e que todas as medidas legais cabíveis serão tomadas caso se comprovem irregularidades.