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Sesau alerta sobre os riscos do sexo sem proteção na adolescência

Falta de cuidado pode levar à gravidez indesejada e doenças graves como Aids e sífilis

Por Agência Alagoas 03/09/2017 17h05
Sesau alerta sobre os riscos do sexo sem proteção na adolescência

“A falta de informação gera uma iniciação sexual precoce e, infelizmente, sem responsabilidade. Isso pode trazer consequências sérias, como a gravidez indesejada e infecções sexualmente transmissíveis, como hepatites, sífilis e HIV”. Com esse alerta, a médica obstetra da Maternidade Escola Santa Mônica, Marly Lima, busca conscientizar a população.
 
A médica afirma que observou um aumento no número de menores de idade que são obrigados a lidar com gestações precoces e problemas de saúde ligados à atividade sexual sem proteção.
 
De acordo com coordenadora do setor de Saúde da Mulher, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Carmen Nascimento, a estimativa é de que, em 2017, mais de 15 mil gestações, ou 25% do total, sejam de menores de idade.
 
“São números considerados altos e precisam ser encarados por toda a sociedade”, ressaltou Carmen Nascimento. A coordenadora explicou que ações educativas nas escolas e Unidades Básicas de Saúde são essenciais para evitar infecções e gestações. “É necessário orientar os adolescentes sobre a importância do sexo seguro e quais os contraceptivos disponibilizados nas Unidades Básicas de Saúde”, explicou.

Carmen Nascimento reforçou, ainda, que os adolescentes devem procurar os postos de vacinação para imunização contra o vírus HPV. “A faixa etária do público-alvo é de meninos de 11 a 15 anos, meninas de 9 a 15 anos, além de crianças e jovens de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/AIDS. O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero e a vacinação é a única forma de proteção para esses casos”, destacou.
 
A médica Marly Lima lembrou que não existem problemas físicos específicos associados à gravidez na adolescência. Porém, a gestação não planejada pode provocar estresses emocionais e consequências sociais para essas famílias.
 
“É importante que a informação e o conhecimento sejam reforçados em nossas escolas, para que a juventude entenda as consequências de ações que podem afetar toda a sua vida”, reforçou a médica.
 
Atuando como uma unidade referencial no acompanhamento de gestantes em Alagoas, a Maternidade Escola Santa Mônica atende um grande número de gestantes adolescentes.
 
Entre esses casos está o de F.S., de 14 anos. “Fui muito bem atendida por todos os profissionais aqui. Recebi informações e continuo recebendo acompanhamento para garantir que meu filho nasça de maneira tranquila”, salientou a jovem.
 
A gestante está realizando todo o acompanhamento pré-natal em uma unidade de saúde próximo a sua casa, mas busca atendimento na Santa Mônica para a realização de um exame de ultrassom. “Estou fazendo o acompanhamento da gravidez e espero que tudo continue a transcorrer com tranquilidade”, revelou.