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Arrecadação de ICMS de Alagoas tem forte queda em agosto
A Secretaria da Fazenda de Alagoas já esperava um resultado ruim no recolhimento de seu principal tributo próprio em agosto
A entrega foi pior do que a encomenda. E muito. A Secretaria da Fazenda de Alagoas já esperava um resultado ruim no recolhimento de seu principal tributo próprio – o ICMS – em agosto.
Mas para desgosto de George Santoro e equipe, no mês, a arrecadação chegou a “apenas” R$ 278,3 milhões, em forte queda.
A variação foi de -25%,7% na comparação com igual mês de 2016, quando foram arrecadados R$ 374,8 milhões.
Tem mais: o valor arrecadado em agosto é o pior maior do ano. O desempenho também é pior de 2017 até agora.
Em parte, o desempenho foi ruim pela base de comparação. Agosto de 2016 teve a maior receita de ICMS da história de Alagoas devido a arrecadação extra, de cerca de R$ 100 milhões, do setor de combustíveis.
Mas não foi só isso. Para piorar, segundo George Santoro, a falta de energia abalou ainda mais a receita. Pelos cálculos dos técnicos da secretaria a diferença foi de 4% para baixo ou R$ 10 milhões.
“O Itec ficou vários dias fora do ar. Parece que houve quedas de energia frequentes. Foram mais de 6 dias. Isso afetou os postos fiscais que ficaram no escuro nestes dias e também afetou o IPVA por causa do Detran, no caso dos carros novos”, reclama George Santoro.
Até julho, o crescimento acumulado do ICMS era de 7,7%. Com o péssimo resultado do mês passado, o volume acumulado até agosto deste ano chegou a R$ 2,397 bilhões, com variação de apenas 2,37% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 2,342 bilhões).
Dificuldades para o sono
Em tom de descontração, Geoorge Santoro revela que tem tido insônia com mais frequência. A preocupação do secretário é muito maior com o que vem pela frente.
Ele é daqueles que não acredita na melhora do cenário da economia, como vem sendo propalado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
“Espero estabilidade sendo otimista. A economia só melhorou no setor industrial e bem suave. Pior. Não há crédito no país. Tudo vai para cobrir o buraco fiscal da união”, resume Santoro.
Nesse cenário, alerta o secretário, daqui até dezembro a receita de ICMS pode estagnar e até cair.