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Trump rejeita necessidade de maior controle de posse de armas nos EUA

Por G1 07/11/2017 10h10
Trump rejeita necessidade de maior controle de posse de armas nos EUA

O presidente americano, Donald Trump, rejeitou nesta terça-feira (7) a necessidade de iniciar um debate sobre o controle de posse de armas nos Estados Unidos. De acordo com o presidente, regras mais restritivas não teriam evitado um ataque no Texas, e poderiam ter tornado o incidente ainda mais letal.

"Se aquele homem não tivesse uma arma e não tivesse disparado contra o atirador, as vítimas poderiam ser centenas", disse Trump em referência ao residente de Sutherland Springs (Texas) que, armado com seu próprio fuzil, enfrentou o homem que abriu fogo em uma igreja matando 26 pessoas e que se suicidou depois.

Assim como fez no mês passado, após um atirador matar 58 pessoas em um festival de música country em Las Vegas, Trump afirmou que a questão das armas é "provavelmente uma questão que não deve ser muito debatida", de acordo com a agência de notícias Associated Press.

O líder da Casa Branca encerrou a rodada de perguntas sobre uma modificação de lei por causa do pior massacre da história do Texas em entrevista coletiva em Seul, onde afirmou que "o estado com mais controles de armas é Chicago e é um desastre", segundo a Efe.

O líder americano já havia afirmado, na segunda-feira (6), em Tóquio que o ataque ocorreu devido a "um problema de saúde mental de alto nível" e não de armas.

De acordo com a Reuters, a rede de artigos esportivos Academy Sports & Outdoors confirmou nesta segunda que Devin Patrick Kelley, autor do massacre, comprou armas em uma de suas lojas em duas ocasiões, em 2016 e 2017, sendo aprovado em ambas as checagens legais.

No total, 26 pessoas morreram e 20 ficaram feridas no domingo quando participavam de um evento em uma igreja batista da cidade de Sutherland Springs pelos disparos que Kelley fez no interior do recinto.

Trump, que apoiou o controle de armas antes de reverter sua posição para entrar nas primárias presidenciais republicanas, ganhou apoio da Associação Nacional do Rifle em 2016, e no início deste ano se tornou o primeiro presidente - em três décadas a discursar na convenção anual da entidade.