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HGE é a unidade mais bem preparada para atender casos de acidentes e traumas

Por Agência Alagoas 13/11/2017 08h08
HGE é a unidade mais bem preparada para atender casos de acidentes e traumas

Era uma data feliz! Em 21 de novembro de 2009, o técnico em informática, André Cavalcante, comemorava seus 29 anos. Mas um pequeno deslize quase lhe custou a vida. A mistura de álcool e direção não deu certo. Após uma confraternização com amigos da faculdade, envolveu-se em um grave acidente que transformou sua vida.

“Cheguei ao Hospital Geral bem grave, mas acordado. Meu braço esquerdo estava dilacerado e a perna dentro de um saco plástico. Aos profissionais restava manter minha vida, porque os membros não tinham mais como ser recuperados. E eles fizeram isto muito bem”, contou.

O acidente que envolveu o motociclista André Cavalcante e um motorista embriagado em um automóvel desgovernado, aconteceu no bairro Santa Amélia. O choque dos dois arrastou o corpo do motociclista por mais de 40 metros.

Ao Hospital Geral do Estado (HGE) coube restaurar a vida de André, que foi atendido na emergência e encaminhado, imediatamente, para uma sequência de procedimentos cirúrgicos. A celeridade no atendimento de emergência resguardou a vida do técnico em informática. Sua determinação, força e atitude após o acidente, transformaram uma vida que poderia ser fadada à culpa e invalidez em exemplo de coragem e garra.

Hoje, ele ajuda outras pessoas, participando de palestras, abandonou o álcool completamente e transformou-se em atleta respeitado. Em 2016 foi considerado o terceiro melhor nadador do estilo borboleta do Brasil, único com essa deficiência a fazer 5 km de natação no mar.

O trauma é a primeira causa de óbito no mundo nas últimas quatro décadas, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No HGE, somente em 2016, 46.881 usuários deram entrada vítima de algum trauma, sendo 9.405 de origem no trânsito, ou seja, 20% do total.

O hospital é o único em Alagoas com profissionais prontos para assistir a vítima de violência urbana, doméstica e de trânsito – dia e noite. São pelo menos três cirurgiões gerais somente na área Vermelha Trauma, que conta com a atuação de traumatologistas, cirurgiões vasculares, neurocirurgiões, cirurgião de tórax, bucomaxilofaciais, cirurgiões plásticos, ortopedistas; além da equipe de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros.

Para Janaína Gouveia, cirurgiã e supervisora médica no HGE, os acidentes de trânsito são as principais causas de vítimas de traumas com múltiplas fraturas, que requerem um atendimento de emergência e procedimentos cirúrgicos específicos.

“No HGE, esse perfil de paciente recebe o primeiro atendimento na área vermelha, onde é avaliado por médicos emergencistas e cirurgiões gerais que fazem o diagnóstico e indicam o tratamento mais adequado”, explicou.

Referência em trauma

Além do atendimento de emergência, atualmente, a unidade hospitalar atende os alagoanos com o serviço de traumato-ortopedia, que realiza cirurgias eletivas no hospital, organizando o fluxo e o atendimento na área ortopédica. Todos os procedimentos são realizados no HGE, graças à modernização do setor, que contou com recursos do Ministério da Saúde, adquiridos pelo Governo de Alagoas.

“O HGE é, sem dúvida alguma, a unidade hospitalar mais bem preparada para o atendimento do trauma em Alagoas. É considerado o principal hospital de urgência e emergência para esses casos, com uma longa experiência e tradição no atendimento. Temos a equipe mais qualificada, com uma gama de especialidades de plantão. Totalmente SUS e sem restrição na entrada, porta aberta para quem chega. Isso faz do HGE o hospital referência na região para esse tipo de assistência”, referendou Janaína Gouveia.

Até 2015, a unidade hospitalar representava somente um hospital de cuidados intermediários para pacientes que necessitavam de cirurgias posteriores, não consideradas de emergência.

Hoje, a realidade é diferente. Para se ter uma ideia, antes da implantação do serviço, o HGE realizava menos de 100 procedimentos por mês. Agora são, em média, 250 cirurgias na área ortopédica, mais de 170 delas eletivas, que eram realizadas em outras unidades de saúde.

“São realizadas cirurgias de mão, fêmur, úmero, rádio distal, quadril e de outras especialidades que envolvem o sistema locomotor e, até pouco tempo, não eram tão acessíveis no Estado pelo SUS”, relatou o ortopedista Gustavo Vasconcelos, que também afirmou que a qualidade da assistência da ortopedia no maior hospital público de Alagoas ganhou um salto muito além do esperado.