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Equipe de fauna intensifica ações da fiscalização integrada do São Francisco
Nos últimos três dias da operação integrada do São Francisco, que está sendo feita pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Batalhão da Polícia Ambiental (BPA), foram resgatados mais de cem animais silvestres que estavam sendo mantidos em cativeiro ou comercializados em feiras livres.
Na última segunda-feira (27) a equipe de fauna esteve no município de Poço das Trincheiras, onde constatou um fato impressionante: dois espécimes de águia chilena estavam sendo mantidos em cativeiro, numa residência, há cinco anos.
O autor da infração confirmou que sabia onde havia um ninho das águias e retirou os animais ainda filhotes, levando-os para sua casa. Além das águias, o infrator mantinha, ainda, outras aves em cativeiro, de forma irregular: galo de campina, asa branca e extravagante.
O responsável foi autuado em 4 mil reais e os animais apreendidos. As duas águias foram encaminhadas para o Parque dos Falcões, no município de Itabaiana SE, e as demais aves foram levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) que fica localizado no Ibama, em Maceió.
Durante o fim de semana as equipes de fauna da fiscalização integrada do São Francisco estiveram em outras duas cidades alagoanas.
No município de São José da Tapera foram apreendidos diversos pássaros: papa-capins, extravagantes e caboclinhos, além de um macaco que estava em cativeiro há mais de 10 anos.
Já em Santana do Ipanema a operação aconteceu numa feira livre, denunciada pelo comércio irregular de animais silvestres. Os técnicos constataram a intensa movimentação. Os responsáveis pela comercialização de alguns desses animais foram identificados, autuados e detidos pelo BPA.
Foram resgatados dessa feira livre um total de 105 animais, entre passeriformes e psitacídeos, com destaque para a espécie papa-capim, que totalizou 65 animais só dessa espécie.
Entre as demais tinha: tuim, periquito da caatinga, galo de campina, tizio, extravagante, caboclinho e um pintassilgo-do-nordeste, espécie que está ameaçada.
Todos os animais foram encaminhados para o Cetas, onde já foi realizado um trabalho inicial de triagem e avaliação, para que seja iniciado o processo de reabilitação que irá possibilitar, futuramente, a reintrodução desses animais no bioma de ocorrência de cada espécie.