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Greve do transporte público pode acontecer já na próxima semana

Reunião entre a categoria e empresários terminou sem acordo

Por Redação* 19/03/2022 10h10
Greve do transporte público pode acontecer já na próxima semana
Categoria não tem reajuste desde 2019 - Foto: Assessoria

Os trabalhadores do transporte público de Maceió podem paralisar suas atividades já na próxima semana. Nesta sexta-feira (18), uma nova roda de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL) e os empresários do setor de transporte público de Maceió, terminou sem acordo.

Sem reajuste desde 2019, os rodoviários pedem um aumento de 23% nos salários e no ticket alimentação e não abrem mão disso, pois o percentual representa somente os índices inflacionários referentes aos três últimos anos e, por isso, reivindicam urgência nesta negociação, cuja data base teve início em 1º de março, caracterizando já o atraso desta e reforçando um momento muito delicado para os trabalhadores, que amargam dificuldades financeiras e falta de comida na mesa.

A contrapartida dos empresários foi um reajuste parcelado, sendo 5% pagos agora e mais 5,25% somente em setembro. Eles afirmam que com o reajuste do subsídio proposto pela Prefeitura de Maceió, que aumentaria R$ 2,5 milhões para R$ 4,5 milhões, eles só poderiam arcar com o que foi proposto, descartando qualquer avanço nesta questão. Esse fato causa estranhamento e aumenta a insatisfação dos trabalhadores, já que o reajuste proposto pela Prefeitura para o subsídio praticamente aumentou em 100% seu valor e, mesmo assim, eles alegam a impossibilidade de conceder o reajuste pedido pelos rodoviários.

Conhecendo a expectativa de aumento salarial aguardado pela categoria , já que a pauta aprovada por eles anteriormente já foi a acima mencionada, o presidente do Sinttro/AL, Sandro Reges, adiantou, durante a reunião, que lutará para assegurar a pedida dos trabalhadores e espera que, agora, a Prefeitura participe da negociação, através da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), para auxiliar na mediação do impasse.

“Nosso entendimento é que estamos pedindo apenas o justo, que é a reposição da inflação e, por isso, não aceitaremos menos do que os 23%”, pontuou Reges, completando que uma nova reunião já ficou agendada para a próxima terça-feira, 22, quando, possivelmente, se confirmará o movimento paredista, caso a proposta de reajuste não avance.

*Com Assessoria