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Universidade privada de Maceió é acusada de racismo em cadastro de dados estudantil
Relatos afirmam que o sistema digital usado pela Unit-AL incluía palavras como caboclo e mulato em sua base de dados
Publicações feitas em redes sociais acusam o Centro Universitário Tiradentes (Unit), em Maceió, de praticar racismo no sistema digital usado pela instituição. De acordo com prints e relatos de estudantes, o sistema incluía, por exemplo, palavras como caboclo, cafuzo e mulato, no cadastro de dados pessoais.
Segundo os mesmos relatos, os termos racistas já foram retirados do sistema, mas somente após a divulgação de um ato pacífico organizado por um grupo de estudantes, que teria ocorrido na manhã desta sexta-feira (25), em frente a reitoria da Universidade, para entregar uma carta aberta reivindicando que medidas educativas fossem tomadas.
O Jornal de Alagoas tentou entrar em contato com os autores dos relatos e com a assessoria da instituição para saber se o protesto aconteceu de fato. Até o momento não obtivemos respostas. Porém, as próprias publicações nas redes sociais afirmam que o grupo de estudantes foi recebido por três pró-reitores para uma reunião.
Nota anônima
Em uma nota anônima divulgada na internet, funcionários da Unit, em Maceió, são acusados de praticar racismo explícito e velado contra alunos negros da instituição. A nota convida os estudantes para o protesto desta sexta-feira e afirma que irá pedir a criação de um comitê antirracista dentro da Unit.
A reportagem do Jornal de Alagoas tentou entrar em contato com os autores dos relatos e com a assessoria da instituição, para confirmar as informações, para saber a autoria e veracidade da nota e também o posicionamento da Unit diante das acusações feitas.