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Descoberta: espécie invasora pode causar impactos na pesca e no turismo do Estado
Bioinvasor coral-sol foi descoberto no litoral sul
Nesse domingo (27), pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) divulgaram fotos de sua mais nova descoberta, o bioinvasor Tubastraea tagusensis, conhecido como coral-sol, que foi encontrado em um naufrágio no município de Jequiá da Praia, município a 61 km de Maceió.
A beleza da espécie engana os desavisados, pois esse animal pode apresentar um grande risco para a biodiversidade e economia da região. Por conta disso, os pesquisadores se reúnem com o corpo técnico do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) para que sejam definidas medidas para retirar e conter o invasor.
De acordo com Cláudio Sampaio, professor e pesquisador da UFAL, os corais invasores podem ser facilmente reconhecidos por conta de seus tons vibrantes e pelo formato alongado dos seus pólipos.
“Diversos estudos já demonstraram que esse invasor vem causando impactos negativos em corais e peixes nativos, modificando funções ecológicas importantes”, explicou.
O monitoramento da espécie já acontecia há um tempo. Placas de recrutamento foram instaladas pelo IMA em Maceió há mais de cinco anos. O coordenador do Gerenciamento Costeiro do Instituto, Ricardo César, explica que a medida preventiva ocorre muito no porto da capital, pois a espécie pode ser transportada por cascos de navios.
O Instituto também possui parceria com uma empresa de mergulho e até o momento não há vestígios do coral-sol em Maceió.
Apesar disso, diante da chegada do bioinvasor no litoral sul, César conta que após as reuniões desta semana as medidas preventivas serão intensificadas e ampliadas.
“Nós já trabalhávamos com medidas profiláticas, pelo menos no porto de Maceió. Agora vamos trabalhar com procedimentos para a retirada do coral-sol e definir medidas para evitar a sua expansão”, finaliza.
*Com informações do IMA/AL