Dois Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), responsáveis por aproximar o cidadão do descarte correto de recicláveis, foram vandalizados, nesta segunda e terça-feira, 4 e 5, respectivamente, em Maceió.  

A assessoria da Superintendência de Desenvolvimento Social (Sudes), informou que os estragos foram causados pela própria população. Em contato feito pelo Jornal de Alagoas, o fato, no entanto, não foi confirmado pela Guarda Municipal. 

O PEV, situado na recém inaugurada praça Mirante da Gruta, na Gruta de Lourdes teve a porta arrancada e os resíduos que estavam dentro foram arrastados para fora, causando sujeira na área, além do prejuízo financeiro.

O segundo dispositivo vandalizado foi o que fica localizado na Praça do Skate, no bairro da Ponta Verde. Nele, o suspeito ateou fogo, destruindo e incapacitando-o de ser utilizado para seu propósito. Aliás, não é a primeira vez que esse PEV sofre dano. Em 2019, o equipamento também foi queimado por populares.

Não se sabe quem seria o (a) responsável pelo vandalismo ou se há câmeras nos locais para identificar os mesmos. As assessorias da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sudes), responsável pelos equipamentos e da Guarda Municipal foram contatadas para saber se foi aberta investigação interna ou junto à polícia, mas até o momento da reportagem não houve resposta. O espaço está aberto para atualização. 

Ano passado mais de 16 PEVs foram vandalizados. Foto: Ascom Sudes

Reincidência

Em 2021, cerca de 16 Pontos de Entrega Voluntária foram vandalizados pela população. O resultado dessas atitudes negativas foi um gasto de mais de R$ 50 mil, que poderiam ser investidos em outros setores ou equipamentos que aperfeiçoariam o nível da limpeza urbana na capital.

Em 2021, prejuízo da Prefeitura de Maceió com vandalismo ultrapassou os R$ 160 mil. A substituição ou conserto de um PEV ultrapassa R$ 3.500, que poderiam ser investidos em melhorias para a limpeza urbana na cidade.

Para Virgínia Lucena, coordenadora de supervisão de cooperativas e recicláveis da Sudes, a prática é de grande irresponsabilidade, sendo prejudicial para o processo de reciclagem.

"Nós instalamos os PEVs para que o cidadão pudesse dar o destino correto ao seu reciclável, evitando que ele seja descartado nas ruas, praças e vá parar em córregos e até no mar. Deveria ser um equipamento que recebe cuidados da população, mas é frequente o vandalismo. Inclusive, já tivemos que realocar alguns de local por esse motivo", disse.