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Em Alagoas, 33 pessoas morreram afogadas este ano
Dados dos últimos quatro anos sobre as vítimas de afogamento no Estado são da Polícia Científica
Em apenas quatro meses, o Estado registrou 33 vítimas fatais por afogamento, de acordo com os dados da Polícia Científica. O jovem cooperativista Leílton da Conceição Santos, de 22 anos, foi a última pessoa a morrer afogada em Alagoas.
O número aponta para a incidência de 8,1 vítimas por mês até abril de 2022, o que representa uma média maior se comparado ao ano anterior, que chegou a registrar 98 mortes por afogamento.
O número pode ser alto, quando comparado aos afogamentos no litoral alagoano e em rios no estado. Em 2021, foram 402 casos, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o afogamento é uma grave ameaça à saúde pública em todo mundo e mata 372.000 pessoas por ano, os dados são de 2014.
Pandemia agravou o número de mortes por afogamento
No ano da fase mais crítica da pandemia de Covid-19, segundo apontam os dados da Polícia Científica, o Estado registrou 129 vítimas por afogamento, o que representa o aumento de 35%, quando comparado ao ano anterior, ao registrar 95 casos.
Também aumentou o número de mortes gerais no Brasil em 2020, chegando a atingir o crescimento de 14,9%, se comparado ao ano de 2019, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em informações dos cartórios, à época.
No primeiro ano de pandemia, o país teve 1.513.575 registros de mortes. No ano anterior, foram 1.314.103.
Conheça a última vítima a morrer afogada no Estado
Leílton da Conceição Santos, de 22 anos, morreu afogado na noite da última terça-feira (26) no Rio São Francisco, em Piaçabuçu, município distante cerca de 137 km de Maceió.
O jovem era ligado à Cooperativa dos Agricultores Familiares e dos Empreendimentos Solidários (Coopaíba), vice-presidente da recém-criada Associação dos Jovens Recicladores Rurais (Associação Reciclar), e muito querido na região.
O seu amigo e parceiro na Reciclar, João Marcos, contou sobre a morte e o trabalho dele na comunidade. “Ele gostava muito de pescar com arpão, mergulhando. E ontem (terça) a gente passou o dia dando aula e ele comprou uma lanterna nova e quis inaugurar. Eu fui pra casa. Uns minutos depois o rapaz que foi com ele me ligou e disse que Léo (como era mais conhecido) mergulhou e não voltou mais”.
Léo deixa uma filha de apenas três meses. O enterro foi realizado no município de Piaçabuçu.
Leílton, ou como era mais conhecido, Léo, tinha apenas 22 anos e dava aulas sobre educação ambiental - Foto: Reprodução redes sociais