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Secretaria pede que municípios intensifiquem ações contra o aedes aegypti
Medida visa mobilizar os agentes de endemias municipais para que intensifiquem a busca ativa dos focos do mosquito vetor
Diante do aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya em Alagoas, no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) emitiu Nota Técnica aos 102 municípios, orientando sobre a intensificação das ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor das três doenças.
A medida visa mobilizar os agentes de endemias municipais para que intensifiquem a busca ativa dos focos do mosquito vetor, bem como, mobilizar as Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) para que promovam ações educativas junto à população, evitando uma epidemia das três arboviroses este ano.
Segundo Diego Hora, gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, é importante que as Secretarias Municipais de Saúde intensifiquem as ações de campo, por meio dos agentes de endemias. “A elevação dos casos de dengue em mais de 500% este ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, requer das equipes de vigilância epidemiológica, entomológica e de Atenção Primária, agilidade para a tomada de decisão quanto à intensificação simultâneas das atividades de assistência ao paciente suspeito entre as arboviroses e o controle vetorial”, salientou.
Vigilância e Assistência
Diego Hora enfatizou que, na área de Vigilância Epidemiológica, as SMSs devem acompanhar e monitorar, diariamente, as notificações dos casos suspeitos entre as arboviroses e atuar para a tomada de decisão quando sinalizada a elevação desses registros.
Ele recomendou, também, a intensificação da busca ativa nos prontuários e fichas de atendimentos das portas de entrada das urgências e emergências, no intuito de captar casos subnotificados, além de monitorar os casos suspeitos, realizar a investigação em tempo real dos casos e óbitos notificados.
Com relação ao Controle Vetorial, o gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis ressaltou que as gestões municipais devem promover ações integradas entre as áreas de saúde e educação e mapear os territórios com maior índice de infestação predial, para realizar bloqueios de transmissão.
Os agentes de endemias municipais também devem intensificar as visitas domiciliares e as SMSs devem utilizar a pulverização com fumacê em casos específicos, onde exista a ocorrência de óbitos suspeitos e a taxa de incidência seja igual ou superior a 300 casos por 100 mil habitantes.
Por fim, quanto à assistência, Diego Hora orientou que os gestores municipais devem sensibilizar os profissionais de saúde para a detecção oportuna dos pacientes com suspeita de dengue, Zika e chikungunya. “Para isso devem ser priorizadas as práticas do manejo clínico adequado, evitando, desse modo, a evolução dos casos para as formas graves das doenças, o que pode levar ao óbito dos pacientes”, frisou o gerente, reforçando que cada cidadão deve fazer a sua parte no combate ao Aedes aegypti, mantendo limpas as residências, tampados os recipientes que acumulem água e evitando o cultivo de plantas aquáticas.