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Diretor e chefe da inteligência da PRF são exonerados após assassinato de Genivaldo
As portarias de exoneração foram publicadas na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União
Seis dias após o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, que morreu por asfixiamento mecânico quando colocado no porta-malas da viatura com gás lacrimogênio em abordagem em Umbaúba, em Sergipe, diretor-executivo da Polícia Rodoviária Federal, Jean Coelho, e o diretor de inteligência da instituição, Allan da Mota Rebello, foram exonerados de suas funções.
As portarias de exoneração foram publicadas na edição desta terça-feira (31) do Diário Oficial da União e são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP).
Nessa segunda-feira (30), o o ministro da Justiça, Anderson Torres disse que as investigações sobre o caso foram abertas e não haveria o que falar sobre o crime ocorrido em Sergipe.
"Em relação aos fatos ocorridos em Sergipe, tanto o processo administrativo no âmbito da PRF e o inquérito policial na PF foram instaurados, os procedimentos estão acontecendo, a apuração será mais breve possível. E enquanto não houver a conclusão não há o que dizer, não há o que se falar. O que tinha que ser feito pelo Estado foi feito e agora é aguardar a finalização", disse o ministro.
Torres estava ao lado de Jair Bolsonaro (PL), que equiparou o caso à morte de dois PRFs em Fortaleza, que foram assassinados após um homem roubar a arma de um deles durante abordagem atabalhoada.
Em seguida, Bolsonaro atacou a "Globo" e jornalistas e se referiu a Genivaldo, que sofria de esquizofrenia, como "marginal".
"Eu lamento o ocorrido há duas semanas aproximadamente com dois policiais rodoviários federais que, ao tentar tirar um elemento da pista, ele conseguiu sacar a arma de um deles e executou os dois. A Globo chamou esse bandido de suspeito. E o outro policial, de outra esfera, ao abater esse marginal, realmente foi numa linha completamente diferente", disse.
Bolsonaro ainda falou que "lamenta" o ocorrido nos dois episódios, mas que não se pode generalizar ao trabalho feito pela Polícia Rodoviária Federal que, segundo, ele é "excepcional".