Geral
Projeto solidário recebe doações para pessoas em situação de vulnerabilidade social
"Quem tem põe, quem não tem pega" é o lema do projeto que promove doações a pessoas carentes
Aquele que se sensibiliza com a dor dos outros sempre está disposto a tomar algumas iniciativas para ajudar, e isso não foi diferente para a empresária Roseane Flesh, que ao vislumbrar tantos maceioenses desempregados e passando por necessidades no período pandêmico, deu a largada a um projeto que tem como lema a expressão: "Quem tem põe, quem não tem pega".
Ela tem duas mesas postas a porta de sua loja de utensílios, na Rua Buarque de Macedo, no bairro do Poço, com cartazes que deixam explícitos a intenção da empresária de ajudar a quem mais precisa. Uma das mesas serve para receber as doações a outra já tem os itens separados para ajudar pessoas que passam na região e necessitam de itens básicos.
Tendo início em uma época complexa, economicamente falando, o projeto carrega promove a solidariedade, recebendo tanto alimentos e itens de uso imediato, mas também vestes e utensílios domésticos para pessoas que se encontram em situação de rua ou de vulnerabilidade social. "Se a dificuldade estava para a gente, imagina para aqueles que estavam perdendo os seus empregos", disse a idealizadora do projeto.
"Foi daí que eu tive a ideia, junto com o meu esposo, de colocar uma mesa enfrente a nossa loja, com uma feirinha. E assim nós fizemos, compramos alguns alimentos como farinha, macarrão, biscoito, e inseri todos em cima da mesa para que cada um fosse pegando de acordo com as suas necessidades".
Roseane conta que, ao doar alimentos, muitas pessoas pegavam sem se quer pensar no outro, talvez com o intuito de no outro dia ainda ter mantimento e, observando isso, optou por fazer pequenos quites, com macarrão, molho de tomate, café, biscoito, e ir entregando a quem passava no local. Junto com os quites uma conversa: "vamos lembrar do irmão", diz a empresária.
Durante a entrevista ao Jornal de Alagoas, Roseane explicou que recebe todos os tipos de doações, como roupas de adultos, de crianças, alimentos, panelas, copos, lençóis, sapatos e etc, tudo que possa servir de alguma forma para alguém. "Sempre que recebo as doações eu coloco em exposição para quem quiser pegar".
Ela conta com ajuda da população para dar continuidade ao projeto. São várias pessoas que ajudam, que param e deixam um alimento ou até uma pequena quantia que se reverte em compra de comida para doação
"São poucos os que se propõe a praticar a solidariedade, até por que sabemos das dificuldades, mas mesmo assim é uma grande ajuda". E convida: "Qualquer ajuda já faz a diferença na vida de alguém".