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Mosquito Aedes aegypt pode ter provocado dezoito mortes em Maceió

O número de casos é cinco vezes maior se comparado com o mesmo período de 2021, onde foram registrados 854 casos.

Por TNH1 com TV Pajuçara 15/07/2022 17h05 - Atualizado em 15/07/2022 17h05
Mosquito Aedes aegypt pode ter provocado dezoito mortes em Maceió
O número de casos é cinco vezes maior se comparado com o mesmo período de 2021, onde foram registrados 854 casos. - Foto: Reprodução/Pixabay

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió investiga dezoito mortes que podem ter sido provocadas por doenças ligadas ao mosquito Aedes Aegypt (dengue, zika e chikungunya), na capital alagoana. A informação foi divulgada pelo programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, nesta sexta-feira,15. Segundo o informativo divulgado pela SMS, os casos teriam acontecido entre janeiro e julho deste ano.

Os dados do órgão municipal de Saúde também mostraram que Maceió registrou mais de 4.400 casos de dengue apenas neste primeiro semestre de 2022. O número de casos é cinco vezes maior se comparado com o mesmo período de 2021, onde foram registrados 854 casos.

Ainda segundo a SMS, Maceió registrou mais de 1.387 casos de chikungunya nos seis primeiros meses deste ano. Se comparado com o mesmo período em 2021 — quando foram registrados 47 casos — o número é vinte e sete vezes maior.

Já os casos de zika diminuíram na capital alagoana. Os dados mostram que foram confirmados 11 casos no primeiro semestre de 2022, número bem menor que os 33 registrados em 2021.

Dengue, zika e chikungunya têm alguns sintomas similares - Em entrevista ao programa Fique Alerta, da TV Pajuçara, o infectologista Renne Oliveira explicou que as três doenças transmitida pelo Aedes Aegypt possuem alguns sintomas similares, por exemplo, dor de cabeça.

"Essas três doenças formam um grupo que chamamos de arboviroses e elas compartilham sintomatologias, ou seja, tem sintomas parecidos, que são: dor de cabeça, febre e dor no corpo. Outros sintomas são diferentes em cada doença, por exemplo, a dor articular é mais intensa na chikungunya. Já o tempo de evolução da dengue costuma ser mais curto que as demais doenças oriundas do mosquito", disse.

Alerta para o combate ao Aedes aegypt - Renne Oliveira também fez um alerta para o combate ao mosquito Aedes aegypt. De acordo com o infectologista os casos só diminuirão a partir dos cuidados tomados pela própria população.

"A conjunção de você ter uma população apta a desenvolver a doença, aliada com uma quantidade gigantesca de mosquito e a falta de controle existente, propicia para o aumento significativo no número de casos e mortes. Além disso, não temos vacinas específicas contra a zika e temos uma não tão eficaz contra a dengue. Então, para controlar o problema, precisamos controlar o mosquito. Esse descontrole já vem desde a década de 80 do século passado. Em 40 anos vivemos a mesma história. A forma de controle é evitando o acúmulo de água, porque é no período chuvoso que o mosquito mais se prolifera. Ele precisa de água parada para sobreviver e nós temos muitos recipientes, nas nossas casas, que tem o ambiente perfeito para eles. Portanto, são nesses locais que devemos ter mais atenção", explicou o infectologista