Nesta terça-feira (19), servidores municipais da saúde e da assistência social de Maceió, através de um ofício enviado à Secretaria de Gestão pelo Sindicato dos trabalhadores da Saúde, Previdência, Seguro Social e Assistência Social (Sindprev/AL), comunicaram a paralisação da categoria.

Os servidores reivindicam reajuste salarial, melhoras nas condições nos postos de trabalho e pagamento da insalubridade durante o período de férias ou licença médica.

Com isso, os servidores da saúde e da assistência social de Maceió se juntam aos servidores da educação e são mais duas categorias que interrompem as atividades na capital alagoana em protesto contra o não reajuste salarial.

De acordo com Juarez Teixeira, secretário geral do Sindprev/AL, a paralisação total das unidades de saúde municipais deve acontecer somente na próxima quinta-feira (21), uma vez que o comando de greve está indo presencialmente nos postos de trabalho para realizar assembleias com os servidores sobre a mesma e verificar as condições de trabalho.

"A saúde tem essa peculiaridade, o pessoal trabalha um horário no município, outro no estado, então a gente está avisando à população que possivelmente entre quinta e sexta-feira começará a greve", afirmou.

Na tarde desta terça-feira, 19, o Sindprev enviou carta aberta à imprensa com informes a respeito da greve; confira:

O SINDPREV-AL e os trabalhadores da Saúde de Maceió vêm por meio desta Carta Aberta, tornar público que as tentativas de negociações do Movimento Unificado, representante dos Servidores Públicos Municipais da Saúde de Maceió, foram exaustivamente confrontadas e por ter gerado por parte das Secretarias de Governo, Gestão e Finanças da Prefeitura Municipal de Maceió, várias reuniões para negociar o reajuste da Database do Servidor conforme garante o Estatuto do Servidor a cada mês de janeiro. O Movimento Unificado apresentou a proposta de reajuste de 16% baseado em Estudo Atuarial do Orçamento Público de Maceió e depois de várias rodadas de negociacões à Prefeitura de Maceió apresentou a contra-proposta de 4% dividido em duas vezes, sem o pagamento de retroativos diante do exposto e submetendo os servidores da Saúde a esta contraproposta oferecida pela prefeitura a qual não condiz com a realidade financeira alegada pelo município em levantamento técnico financeiro. É sabido que a prefeitura pode melhorar a proposta pois tem superavit. Os servidores da Saúde de Maceió além de seu salários defasados e seus direitos negligenciados, são constantemente expostos a riscos de morte por negligência de manutenção predial e de equipamentos, falta de EPIs tendo que comprar do próprio salário; ambientes de trabalho insalubre levando ao adoecimentos constantes.

Diante de tudo isso, o SINDPREV realizou consultas à categoria por várias modalidades, Assembleia Geral, Assembleias por Local de Trabalho e Enquete on-line. O resultado obtido por ampla maioria foi o indicativo de Greve Geral. Desta forma, cumprindo os trâmites legais essa instituição vem a público informar que os servidores públicos da Saúde Maceió entram em greve a partir do dia 19 de julho 2022 por tempo indeterminado.