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Sinteal diz não ter sido notificado sobre ordem judicial e mantém greve da educação

A justiça informou que se a categoria não retornar as atividades imediatamente poderão arcar com uma multa estimada em R$ 5 mil por dia de descumprimento.

Por Redação 20/07/2022 13h01 - Atualizado em 20/07/2022 15h03
Sinteal diz não ter sido notificado sobre ordem judicial e mantém greve da educação
Na manhã desta quarta (20) os profissionais da educação realizaram um café em frente a Prefeitura de Maceió. - Foto: Reprodução/Internet

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (SInteal), juntamente com os trabalhadores da educação do município de Maceió realizaram, na manhã desta quarta-feira (20), um protesto em frente à sede da Prefeitura de Maceió, "cumprindo a agenda de lutas aprovada em assembleia", mesmo com determinação da justiça solicitando o encerramento da greve mediante pagamento de multa. 

Em greve desde o dia 11 de julho, professoras/es e funcionárias/os de escola vem exigindo a valorização, contratação de novos profissionais e melhores condições de trabalho ao governo de Maceió. Na pauta também há cobrança do pagamento das demais parcelas do rateio dos precatórios do FUNDEF, que começou a ser pago em junho, mas, segundo o sindicato, não passou da primeira parcela.

Em comunicado, a justiça informou, nesta terça-feira (19) que se a categoria não retornar as atividades imediatamente poderão arcar com uma multa estimada em R$ 5 mil por dia de descumprimento. Segundo informações divulgadas na tarde desta quarta pelo Sinteal informou que não foi notificado oficialmente sobre a decisão e só vai se pronunciar após a notificação.

Determinação

O município de Maceió ajuizou ação pedindo que a Justiça declarasse ilegalidade da greve e determinasse a sua imediata suspensão, com retorno às atividades e multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento, mas a Justiça acatou o pedido apenas parcialmente.

Dossiê

Em protesto realizado na última terça (19), na Secretaria Municipal de Educação (Semed) os profissionais da educação fizeram a entrega de um dossiê relatando os problemas enfrentados pela categoria. 

“São inúmeros os problemas que apresentamos no dossiê. Faltam profissionais, e, entre os que estão atuando, existem muitos em situação precária de contratação. Além disso, algumas escolas estão com a estrutura física péssima: falta banheiros, sistema de ventilação, quadras e tantas outras melhorias. Não é de agora que o Sinteal vem denunciando essas situações, mas, agora, reunimos tudo em um dossiê, e, além da Semed, vamos entregar também ao Ministério Público”, disse a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia.

A atividade teve também a participação de estudantes, pais, mães e avós que apoiam a luta e defendem a educação pública e seus educadores.

“Eu quero voltar a estudar, prefeito! Cumpra o que prometeu e valorize os educadores e educadoras. A escola está parada e a gente sabe que a culpa é do JHC”, falou ao microfone uma aluna do EJAI.