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MP e Defensoria Pública constatam in loco o caos provocado por afundamento do solo em Rio Novo
No local, o promotor de Justiça Max Martins e o defensor público da União, Diego Bruno Martins Alves, ouviram os moradores, falaram sob as medidas a serem adotadas e deram orientações
O cenário encontrado estava mais agravado, o afundamento do solo é assustador, as famílias estão em polvorosa e tiveram seus direitos violados, investimentos feitos, imóveis demolidos e não sabem pra onde ir. Ciente da situação, em discussão desencadeada durante reunião na quarta-feira (17), o Ministério Público de Alagoas (MPAL) por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, e a Defensoria Pública da União (DPU), deliberaram em realizar uma vistoria in loco nos residenciais Amazonas e Parnaíba, no bairro do Rio Novo, em Maceió, com o propósito de constatar de perto o caos já relatado.
No local, o promotor de Justiça Max Martins e o defensor público da União, Diego Bruno Martins Alves, ouviram os moradores, falaram sob as medidas a serem adotadas e deram orientações. Equipes da Defesa Civil Municipal acompanharam a visita e fizeram explanação detalhada sobre a dura realidade.
Max Martins retornou ainda mais preocupado com as famílias e pontou que tentará com outros órgãos, junto à Caixa Econômica Federal (CEF), benefícios em caráter emergencial.
“A visita foi uma necessidade sentida para fazermos um diagnóstico mais preciso e nos respaldarmos ainda mais na hora de cobrar responsabilidades e, consequentemente, tentar garantir de todas as formas os direitos das dezenas de famílias que foram afetadas com essa tragédia. O cenário é muito preocupante, temos um solo afundando diariamente com riscos para todos. Queremos ouvir os envolvidos no processo da construção para que possamos encontrar alternativas o mais rápido possível”.
O defensor federal Diego Alves, também conversou com os moradores atingidos, orientando-os a como proceder nesse primeiro momento, sobretudo, como devem proceder junto a CEF. Durante o período da visita, a pedido do Ministério Público, equipes da Equatorial faziam remanejamento de dois postes que estavam bastante inclinados, tendo sido realizada a suspensão no fornecimento de energia de mais quatro. Os seis postes seriam removidos naquele momento, mas por receio de que a movimentação pudesse potencializar o afundamento do solo, quatro foram mantidos.
Um dos supervisores da empresa de fornecimento de energia explicou que “a intenção era a de retirar todos os postes que identificamos em situação crítica, no entanto, avaliamos que se entrássemos para o local com nosso caminhão poderíamos causar um problema maior de afundamento, visto o peso, e teria o risco de os postes, com o solo cedendo mais, caírem. Então retiraremos os dois que estão mais inclinados”.
Na quinta-feira (25) uma nova reunião ocorrerá, às 9h, desta vez na sede do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOP), no bairro do Farol, com a presença de representantes da Caixa Econômica Federal e da Construtora Uchôa.
*Com assessoria