Geral

Infuencer denuncia transfobia após ser expulsa de banheiro feminino durante evento em Arapiraca

A justificativa dada para expulsá-la, segundo ela, foi que “era ordem do estabelecimento”; ela pediu que donos do estabelecimento sejam responsabilizados

30/08/2022 12h12 - Atualizado em 30/08/2022 13h01
Infuencer denuncia transfobia após ser expulsa de banheiro feminino durante evento em Arapiraca
Rebecca disse ter sido expulsa duas vezes do banheiro feminino do evento - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma mulher transexual identificada como Rebecca denunciou ter sido vítima de transfobia durante o evento Miss Mister Alagoas, realizado no último domingo (28), em Arapiraca, no agreste de Alagoas. De acordo com o relato da vítima, em suas redes sociais, ela foi expulsa duas vezes do banheiro feminino do espaço para festas onde estava sendo realizado o concurso. 

"Nunca imaginei ser tão humilhada e diminuída em um local que dissemina a diversidade e pluralidade, mas que na verdade entrega ódio e preconceito", declarou.

"Já é a segunda vez. Eu sou mulher, não tem condições de entrar no banheiro masculino. Não tem condições", reclamou a vítima enquanto uma outra mulher supostamente impedia a entrada de Rebecca no banheiro feminino.

Rebecca disse ainda que reforça que esse tipo de caso é "traumático para meninas trans". "É uma luta diária, com unhas e dentes, e só sabe quem sente na pele”. Ela disse ter tentado entrar em contato com a Polícia Militar 25 vezes, mas as ligações não foram atendidas e que um dos seguranças que a expulsaram fizeram pouco caso da situação. 

A justificativa dada para expulsá-la, segundo ela, foi que “era ordem do estabelecimento”. “Que o dono deu essa ordem. Quem é esse dono? Ele vai ter que ser responsabilizado, assim como todos os responsáveis por essa humilhação”.

Em suas redes sociais, a influencer recebeu apoio. "Incrível como AINDA existe situações como essa, incrível", disse uma seguidora. "Não vamos nos calar", disse outro. 

Ao Cada Minuto, o estabelecimento disse lamentar o ocorrido e que “jamais passou quaisquer orientações que pudessem ensejar qualquer ato discriminatório”.