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Sikêra Jr. pratica transfobia ao comentar caso de influencer expulsa de banheiro

Atitude criminosa foi feita através de suas redes sociais

Por Redação 30/08/2022 14h02
Sikêra Jr. pratica transfobia ao comentar caso de influencer expulsa de banheiro
Sikêra Jr. - Foto: Reprodução

Após uma influencer alagoana denunciar ter sido vítima de transfobia no evento Miss Mister Alagoas, realizado no último domingo (28) em Arapiraca, o jornalista alagoano Sikêra Jr. utilizou sua conta pessoal para deixar um comentário transfóbico em um portal que veiculou a notícia.

Em seu comentário, Sikêra diz que "Se tem pinto, é menino", seguido de um emoji de palminhas, indicando concordar com a atitude transfóbica do estabelecimento que expulsou a influencer do banheiro feminino.

A postagem do jornalista, além de ser uma atitude criminosa, instigou a transfobia de outros internautas, que o endossaram com respostas como "verdade!" e "positivo".

Sikêra Jr. é um fiel apoiador do presidente Bolsonaro, que já teve condutas homofóbicas e transfóbicas, o comentário também ganhou cunho político, com internautas publicando "Bolsonaro 22", em referência ao número do partido do presidente.


O caso

Uma mulher transexual identificada como Rebecca denunciou ter sido vítima de transfobia durante o evento Miss Mister Alagoas, realizado no último domingo (28), em Arapiraca, no agreste de Alagoas. De acordo com o relato da vítima, em suas redes sociais, ela foi expulsa duas vezes do banheiro feminino do espaço para festas onde estava sendo realizado o concurso.

"Nunca imaginei ser tão humilhada e diminuída em um local que dissemina a diversidade e pluralidade, mas que na verdade entrega ódio e preconceito", declarou.

"Já é a segunda vez. Eu sou mulher, não tem condições de entrar no banheiro masculino. Não tem condições", reclamou a vítima enquanto uma outra mulher supostamente impedia a entrada de Rebecca no banheiro feminino.

Crime


A criminalização da transfobia foi permitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão no mês de junho de 2019. A decisão determina que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais passariam a ser enquadrados no crime de racismo, sendo previstos como crimes:

"praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação sexual da pessoa;
a pena será de um a três anos, além de multa; se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;