O esporte também é prioridade no Pilar, que, em novembro, estará representado numa competição internacional de kung fu. É que Victor Oliveira – professor de Educação Física e servidor da Secretaria de Saúde – foi selecionado para disputar o campeonato sul-americano, que vai acontecer em Buenos Aires, capital da Argentina.

Somente este ano, Victor já subiu três vezes ao pódio, vencendo o campeonato Nordeste de Kung Fu Wushu nas categorias Armas Maleáveis e Nanquan Opcional. Agora, espera retornar do país vizinho com muitas medalhas.

Antes, porém, Victor tem outro grande desafio pela frente. Isso porque ele também vai em busca de novas conquistas no campeonato brasileiro, que acontece entre os dias 12 e 16 de outubro, em Goiânia-GO.

“Iniciei no esporte por influência do meu primo, que já praticava o Kung Fu Dakaru. Eu estava um pouco desacreditado por conta da dificuldade de conseguir patrocínio, mas, graças à mobilização que meu irmão fez nas redes sociais, finalmente consegui a ajuda de que precisava”, conta o lutador, que destaca o apoio da Prefeitura do Pilar no custeio das despesas relativas à viagem para o exterior.

“Só tenho a agradecer ao prefeito Renato Filho e à deputada estadual Fátima Canuto por acreditarem no esporte”, destaca Victor, adepto da modalidade Taolu, que consiste em lutas coreografadas (em que o atleta, sem adversário, trabalha com as mãos livres ou utilizando armas como bastão, facão, espada e lança), consagrando o competidor que executa os movimentos de ataque e defesa com maior exatidão.

Agora, Victor espera também despertar outras pessoas para a importância da prática regular de uma atividade física. “O esporte também tem o seu lado social, contribuindo não apenas para a formação física, mas também psíquica do cidadão”, avalia o praticante da arte marcial criada há pelo menos quatro mil anos.

E um dos principais responsáveis pelo sucesso de Victor é o professor Christiano Gomes, que não consegue esconder o orgulho de ter contribuído para a formação do jovem campeão.

“O Victor fez parte de um projeto que surgiu em Maceió e foi implantado no Pilar há cinco anos, reunindo 48 estudantes da rede pública. As aulas, que vão além do esporte, acontecem no Caic e na Escola Oliveira e Silva”, explica Christiano, que se diz honrando em poder ver um aluno já disputando fora do país.