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MP quer condenação de 30 anos para acusados de matar advogado

Segundo o Tribunal de Justiça, julgamento deve durar dois dias e 17 testemunhas serão ouvidas

Por Redação com assessoria 18/10/2022 13h01
MP quer condenação de 30 anos para acusados de matar advogado
Sinval José Alves, Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bzerra da Silva - Foto: Caio Loureiro/TJ

Começou nesta terça-feira (18), o julgamento dos três acusados de matar o advogado José Fernando Cabral de Lima, no bairro da Ponta Verde em 3 de abril de 2018. É esperado que a sessão tenha duração de dois dias.

Sinval José Alves, Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bezerra da Silva são os acusados do crime. Quem preside o júri que teve início na manhã desta terça-feira (18), é o juiz José Braga Neto.

Ao todo, o julgamento tem 17 testemunhas, sendo nove delas pelo Ministério Público. Braga Neto explicou por que o julgamento pode ser longo. “São três réus, várias testemunhas, além de algumas diligências que poderão ser realizadas, perícias que poderão ser ratificadas, isso tudo demanda tempo. Reservei dois dias para esse julgamento e espero que a gente termine no tempo previsto”.

O Ministério Público e o advogado de acusação esperam uma pena em torno de 30 anos para cada réu, por se tratar de um homicídio qualificado. Conforme o advogado Tiago Pinheiro, o crime gerou perplexidade social e é esperada a condenação dos três envolvidos.

“O mandante era sócio da vítima e matou por ganância e ambição. Esperamos que o júri condene Sinval e os que, mediante pagamento, tiraram a vida de Fernando. Esperamos a condenação e também a indenização por danos morais e materiais em favor da família da vítima”, explicou.

A defesa de Sinval alega que não havia sociedade de fato entre o réu e a vítima, bem como que não havia dívida entre eles, como alegam testemunhas, e sim um empréstimo. “Estamos muito confiantes que o júri acertadamente conseguirá a absolvição de Sinval junto à quantidade de provas que temos”, relatou Diego Mousinho, advogado de defesa.

A defesa de Irlan e Denisvaldo afirma que a inocência dos dois será provada. “As imagens de câmeras de segurança são bem claras. Nada comprova nos autos que ele participou dessa empreitada criminosa”, sustentou Eraldo Lino, advogado de Denisvaldo.

José Fernando foi assassinado dentro de uma casa de câmbio. Segundo a denúncia, os executores chegaram ao local, renderam os funcionários e seguiram para a sala onde os sócios conversavam. O mandante do crime teria sido Sinval José Alves.

Conforme testemunhas, Sinval devia R$ 600 mil à vítima. Por esse motivo, resolveu contratar Denisvaldo e Irlan para a execução e simulação do assalto.