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MPF dá 30 dias para Prefeitura de Maceió apresentar plano para os R$ 64 milhões pagos pela Braskem
Município se compromete a direcionar a totalidade deste valor para ações na região do Flexal e adjacências
O Ministério Público Federal (MPF) dá para prefeitura de Maceió apresentar Plano de utilização dos R$ 64 milhões pagos pela Braskem. O recurso está previsto nos parágrafos 1º e 2º da cláusula oitava do acordo assinado entre a Braskem, MPF, MP/AL, DPU e Prefeitura de Maceió, divulgado na última sexta-feira (4). Do município também foram requisitadas informações detalhadas sobre as tratativas com a BRK para o saneamento básico na região.
Conforme a minuta do acordo celebrado, o Município de Maceió se compromete a direcionar a totalidade deste valor para ações na região do Flexal e adjacências, com o objetivo de realizar medidas adicionais à reurbanização da área, notadamente as obras de contenção de encostas, que visam a evitar novos deslizamentos de terra no local. Além disso, o município obriga-se a prestar contas periodicamente sobre a utilização do recurso.
O ofício foi enviado no âmbito do procedimento de acompanhamento nº 1.11.000.001433/2022-67, instaurado para observar o cumprimento do Termo de Acordo para Implementação de Medidas Socioeconômicas Destinadas à Requalificação da Área do Flexal, em trâmite na 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Alagoas.
Caso Pinheiro - O Ministério Público Federal vem atuando de forma preventiva no caso dos cinco bairros da cidade de Maceió, que enfrentam um colapso no solo – conhecido como subsidência – em razão da exploração de sal-gema em área urbana realizada pela empresa petroquímica Braskem, cuja maior acionista é a Novonor (antiga Odebrecht). O fenômeno ficou conhecido como Caso Pinheiro, nome de um dos bairros afetados. A área comprometida, que equivale a 255 campos de futebol, abrange mais de 14 mil imóveis ocupados por 57 mil moradores e comerciantes.