Em audiência realizada nessa quarta-feira (16), O Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Maceió condenou Dione da Silva a 27 anos, um mês e 15 dias de reclusão em regime fechado pela morte da sua ex-sogra, Maria Lúcia dos Santos. O crime, que aconteceu em 2019 no Conjunto Village Campestre, parte alta de Maceió, completa três anos nesta quinta-feira (17). A vítima foi asfixiada enquanto dormia, na presença da filha do condenado à época com 11 anos de idade. Após mata-la, ele também furtou pertences da sua residência.

O juiz também fixou o valor mínimo de R$ 99.800,00 , equivalente a 100 salários-mínimos da época do crime (2019) a ser pago por Dione da Silva, a título de compensação pelos danos morais sofridos pelos familiares de Maria Lúcia.

A promotora responsável pela condenação, Adilza de Freitas, comentou: “Ela era uma pessoa humilde, morava em uma vila, recebeu o agressor com carinho, abriu as portas da sua casa, acolhendo-o por alguns dias enquanto ele arrumava um outro local para morar. Deu comida e teto, considerando o fato de ser ele o pai da neta dela. Ele de forma traiçoeira, esperou a dona Maria Lúcia dormir para friamente matá-la asfixiada, na frente da filha dele, criada pela avó, a qual chamava de mãe. É muito triste sentir a dor da saudade e da perda que a criança, hoje adolescente, carrega em seu coração pela ausência da mae/avó. Àqueles que matam uma vítima, matam também aqueles que amam o morto”, enfatiza a promotora.

O crime

O assassinato ocorreu no bairro Village Campestre, no dia 17 de novembro de 2019, por volta das 2h30, quando a vítima dormia com sua neta de 11 anos. A criança, filha do acusado, ainda teria tentado ajudar a avó na hora em que estava sendo asfixiada, mas foi agredida pelo pai com um tapa no rosto. A menina saiu em busca de socorro, mas ao retornar já encontrou Maria Lúcia sem vida. 

*Com MP-AL