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Caso Rhaniel: Defesa de irmãos condenados pedirá anulação do júri

Júri foi realizado nesta segunda (12) e condenou ambos a mais de 40 anos de prisão

Por Redação* 13/12/2022 12h12
Caso Rhaniel: Defesa de irmãos condenados pedirá anulação do júri
As penas deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado, e todos os réus deverão pagar multa - Foto: Adeildo Lobo/Ascom TJ

A defesa dos irmãos Vítor de Oliveira Serafim e Wagner de Oliveira Serafim, condenados pelos crimes de homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver contra o menino Rhaniel Pedro, de 10 anos, revelou que pedirá anulação do júri popular, realizado ontem (12) e com resultado anunciado durante a noite.

O advogado de defesa dos irmãos, Raimundo Palmeira, alega que acredita na anulação do resultado do júri e que "na pior das hipóteses, a pena será adequada aos limites legais. Pena exacerbada que passa, inclusive, do máximo legal".

"A decisão do júri foi contrária às provas dos autos em relação ao senhor Vítor e em relação a Wagner, em relação ao Wagner pior ainda. Num momento o laudo diz que na noite do suposto crime, o Wagner estava no Benedito Bentes e nas informações diz que ele estava na Cidade Universitária. Ocorre que isso prova que ele não participou do crime, que foi cometido no Clima Bom, e mesmo assim o Conselho de Sentença também condenou esse rapaz", comentou o advogado.

Vítor Serafim, padrasto do menino, foi condenado a 49 anos e dez meses de reclusão. Já Wagner Serafim, irmão de Vítor, recebeu a pena de 41 anos e cinco meses de reclusão. Além deles, a mãe do menino, Ana Patrícia, deverá cumprir 41 anos e cinco meses de reclusão. As penas deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado, e todos os réus deverão pagar multa.

De acordo com Ary Lages, promotor de Justiça que atuou no caso, todas as teses do Ministério Público Estadual (MPE) foram acatadas pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). "Foram três qualificadoras de homicídio, mais estupro de vulnerável, mais ocultação de cadáver. Conseguimos fazer um respaldo grande das provas periciais somando com as provas testemunhais", explicou.

*Com informações do TNH1