Geral
Em livro, professor alagoano propõe formação crítica como forma de combater a corrupção
Natural de Major Izidoro, João André Amorim Ferreira é Mestre em Ciências da Educação e tem quatro livros publicados
A criação de políticas públicas voltadas para a educação se torna cada vez mais essencial para o desenvolvimento de crianças e jovens usuários da rede pública de ensino em todo o país. Pensando nisso, o professor João André Amorim Ferreira, Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Interamericana, do Paraguai, lançou o livro "A educação como proposta de combate à corrupção", em que fala sobre os impactos de um bom ensino na vida escolar como ferramenta de construção de senso crítico desde a juventude e.
Em entrevista ao Jornal de Alagoas, o educador falou sobre o processo de criação do livro e conta que mostrar a possibilidade de relacionamentos justos e honestos por meio da educação foi sua principal motivação.
"Entendo que a educação possui a capacidade de libertar, pois o conhecimento que se adquire torna um indivíduo consciente de suas ações e que seja responsável por atos praticados. Como resultado de toda sabedoria não aceita que posturas inadequadas sejam praticadas causando atraso, econômico e/ou social", explicou.
Por conta disso, o professor, que atualmente leciona em uma escola municipal de Cacimbinhas e uma estadual de Major Izidoro, acredita que a educação seja um meio essencial para o combate direto à corrupção.
"Entendo que só é possível impedir um sistema alterado por meio de um público consciente. Somente um público que apoia a educação em pesquisa e produção de conhecimento pode conseguir isso".
Apesar de ter outros três livros publicados, todos voltados para a área educacional, o educador relata que nunca recebeu nenhum incentivo do governo para continuar o seu trabalho de pesquisa, acreditando assim que há um déficit de incentivo para os professores.
"Muitos governos não investem em professores que pesquisam e produzem novos conhecimentos. Alguns educadores querem melhorar as políticas públicas educacionais, mas não conseguem porque o governo não os apoia com recursos federais, estaduais ou municipais", relatou Ferreira.
Diante disso, o professor conclui que a corrupção e o não investimento do governo no sistema público de ensino causa danos diretos aos alunos que são atendidos por ele.
"Eles não recebem os materiais adequados ou suporte para aprender interface. Isso cria uma desigualdade acidentalmente entre os alunos, já que as famílias mais ricas podem pagar para estudar."
O próximo livro de João André já tem data de lançamento. Discutindo as políticas públicas educacionais de Alagoas, o trabalho poderá ser conferido pelo público em janeiro de 2023.