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Produtora alagoana sofre golpe de R$ 200 mil de ex-funcionário de Matuê
Golpista se passou por empresário do rapper e fechou um falso show com o Réveillon Arcanjos 2022/2023
Um homem identificado como Felipe Gerardi Guarise é acusado de aplicar um golpe de R$ 200 mil em uma empresa de produção de eventos de Alagoas. Ele se passou por empresário do rapper Matuê e fechou um falso show com o Réveillon Arcanjos 2022/2023, na Barra de São Miguel, Litoral Sul do estado, no dia 28 de dezembro do ano passado.
A reportagem conversou com o empresário e sócio da produtora, que preferiu não se identificar por motivos de segurança. O empresário diz que conheceu o suposto produtor, que se apresentou como vendedor de datas, através de um contato que o indicou e que já tinha fechado um show com ele que deu certo.
"Fechei para o dia 28. Então, ele mandou uma especificação para o show que era necessária. Mas quinze dias antes do evento, ele modificou essa especificação e disse esse era seu modus operandi. Essa nova especificação, não daria para ser atendida naquele curto prazo de tempo, ainda mais sendo Réveillon, que não teria fornecedor e tudo mais, que o tamanho do evento não era compatível com a exigência e para cancelar teríamos que pagar a multa de 100% por cento do valor do contrato", afirmou.
Reprodução/Internet
Ele também detalhou que outros sócios da produtora ficaram numa situação paralela, pois, enquanto conversavam com o golpista, foram falar diretamente com o empresário de Matuê, conseguindo resolver toda situação diretamente com o profissional. Eles fecharam acordo com o verdadeiro empresário do artista e conseguiram agendar o show para a mesma data.
"Quando eu falei que resolvi com empresário do artista para o golpista, ele afirmou que já tinha pego o dinheiro e girado e que não iria nos ressarcir, nem pagar o Matuê, porque estava sem o dinheiro".
Para realizar o show, os sócios do réveillon Arcanjos, tiveram que pagar novamente para contratar o show do artista, que diante da situação, aceitou reduzir o cachê e manter a programação que já estava sendo divulgada.
O artista diminuiu o cachê de duzentos mil para cento e quarenta mil. "Pagamos setenta mil à vista, trinta e cinco mil já em janeiro e temos que pagar trinta e cinco mil agora em fevereiro". O suposto vendedor de datas assinou, junto aos empresários alagoanos, uma confissão de dívida no valor de R$ 180 mil reais, mas, ainda não realizou a primeira parcela do pagamento. "Está nos enrolando, levando com a barriga".
A produtora alagoana entrou com uma queixa de estelionato junto à polícia contra Felipe Gerardi Guarise e o processo está em andamento, em São Paulo.
Vale destacar que Felipe já teve relação profissional com o cantor Matuê no passado. Ele fez vídeos para as mídias sociais do rapper no período pré-pandemia, mas foi desligado devido à falta de demanda. "Já faz uns três anos [que não trabalhamos juntos]. Eu sempre fui o meu próprio empresário”, disse, em entrevista ao colunista Léo Dias.
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A equipe de Matuê não sabia do show, até poucos dias antes da sua realização, quando foi estabelecido contato pela produção do réveillon e foi informado que Felipe não fazia mais parte de seu quadro de funcionários.