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Ônibus universitário do interior é revistado após estudantes passarem mal "com cheiro tóxico"

Eles saíram da Ufal em direção a Anadia, mas pararam no município de Pilar quando começaram a tossir; estudante acredita que se tratou de alguma substância

Por Alícia Santos* 02/03/2023 18h06 - Atualizado em 06/03/2023 10h10
Ônibus universitário do interior é revistado após estudantes passarem mal 'com cheiro tóxico'
Alunos iam para Anadia, mas ônibus parou em Pilar, quando eles passaram mal - Foto: Cortesia ao Jornal de Alagoas

"Todo mundo começou a tossir, ficar tonto, era algo tóxico". O relato é de uma aluna da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) que não quis se identificar. Ela e outros universitários estavam indo para casa, na noite desta quarta-feira (1), em um ônibus escolar, quando começaram a passar mal após sentir um cheiro forte. 

Segundo os relatos da jovem, os estudantes que iam para o município de Anadia, começaram a tossir repentinamente já com o ônibus em deslocamento, mas antes mesmo de sair das dependências da universidade. O motorista teve que parar o coletivo para que os estudantes saíssem do veículo e conseguissem "respirar". 

Diante da situação, o condutor do transporte coletivo seguiu viagem, mas acionou a polícia no município de Pilar, região metropolitana de Maceió, para que fossem averiguadas as circunstâncias. Ao chegar até o local, a polícia revistou o ônibus e os estudantes. Nada, porém, foi encontrado.  

Segundo a aluna, três ambulâncias foram até o local atender as vítimas, mas não houve necessidade de internação. 

O comando da Polícia Militar de Alagoas informou que a abordagem se deu por uma denúncia de que haviam drogas no ônibus, porém nada foi encontrado. A PM disse também que quanto ao possível odor, nada foi identificado. 

Estudantes discriminados

De acordo com informações de uma das pessoas que passou pela abordagem, após ter inalado, a substância que causou o mal estar, a Polícia Militar separou os estudantes da Ufal dos demais. "Ontem quem era da Ufal era suspeito", disse. 

"A polícia mandou a gente se separar dos demais pra poder revistar. Foi um pouco constrangedor. Me senti uma criminosa", completou.  

*Estagiário sob supervisão