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SMTT apresenta projeto de mobilidade com abertura de quatro ruas no Corredor Vera Arruda; saiba quais

Ação vinha sendo alvo de críticas de especialistas em mobilidade urbana após o órgão abrir uma consulta pública sobre a abertura

Por Ylailla Moraes* 23/03/2023 12h12 - Atualizado em 23/03/2023 16h04
SMTT apresenta projeto de mobilidade com abertura de quatro ruas no Corredor Vera Arruda; saiba quais
Superintendente da SMTT - Foto: Célio Júnior / Secom Maceió

Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (23), a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) de Maceió, apresentou o projeto de mobilidade urbana para a Jatiúca, parte baixa da capital alagoana, e confirmou a abertura de quatro ruas no Corredor Vera Arruda com a alegação de garantir mais fluidez ao trânsito na região e entre as partes Norte e Sul de Maceió.

A ação vinha sendo alvo de críticas de especialistas em mobilidade urbana após o órgão abrir uma consulta pública sobre a abertura das ruas no Vera Arruda. A área é comumente usada por pedestres e ciclistas.

O Vera Arruda é um espaço de 1,5 quilômetro de extensão e possui 15 ruas, das quais 2 são acessíveis aos veículos, as demais sendo destinadas ao trânsito e lazer de pessoas e ciclistas. Se for aprovada, a mudança no Corredor, as ruas que devem ser abertas são as seguintes:

  • Rua Carlos Gomes da Silva com a Rua Olinda Campos Teixeira
  • Rua Raphael Perreli com a Rua Drª Rosa Cabús
  • Rua Industrial José Otávio Moreira com a Rua Cônego Antônio Firmino Vasconcelos
  • Rua general Newton de Andrade

Mudança no corretor Vera Arruda / Reprodução

De acordo com a SMTT o tráfego de veículos seria liberado de 7h às 19h, com a utilização de semáforos que ficarão na cor verde durante todo o período. Pistões hidráulicos, câmeras OCR e semáforos, seriam utilizados para a fiscalização no período em que o tráfego for proibido.

A área de convívio aproximada do Corredor Vera Arruda é de 42 m². A SMTT pretende criar passagens elevadas entre os giradores para garantir o fluxo de veículos. Essa intervenção ocuparia 336m², o que equivale, segundo o órgão, a 0,80% da área de convívio do corredor.

O superintendente André Costa, falou de outras propostas que tem como objetivo uma maior mobilidade e facilidade, como a ampliação da malha cicloviária, estímulos à mobilidade ativa e a abertura de um novo terminal de ônibus no bairro do Eustáquio Gomes.

Resposta às críticas


O superintendente da SMTT, André Costa, afirma que a prioridade do debate não é a circulação dos veículos, mas sim, uma maior facilidade para a utilização dos transportes coletivos. 

“Então as ações que são previstas para esse momento são de priorizar, de conseguir o melhor tempo de viagem para o transporte público, ou seja, quem se posiciona contra uma ação como essa, está indo contra o ganho da população que mais precisa se deslocar com transporte público”

“As diversas ações que a prefeitura adotou, mudou a curva do transporte público na cidade. Se você observar a curva dos últimos 10 anos da cidade, ano a ano, a quantidade de passageiros pagantes vinha caindo, até 2020. No início da gestão do JHC essa quantidade de passageiros voltou a aumentar”, completou. 

Ainda segundo ele, isso se dá devido a diversas decisões como: a redução no valor da passagem, a instituição do “domingo é livre” e do passe livre estudantil.

Glauco Oliveira, diretor do sistema de transportes, falou sobre a redução no tempo de viagens e citou estudos que indicam um impacto direto na qualidade de vida das pessoas. Ainda afirmando que, com o aumento na oferta de mais linhas haverá uma distribuição melhor em relação ao número de passageiros.

“A questão do Vera Arruda não é uma ação isolada, desconexa, ela faz parte de um conjunto de soluções que visam trazer uma melhoria na fluidez do trânsito na parte baixa, pensando que a gente consiga diminuir esse tempo de viagem de milhares de pessoas que utilizam o transporte coletivo”, completa o superintendente, André Costa.

*Estagiária sob supervisão