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Escritor alagoano lança livro de poesias sobre a negritude: 'PRETOVÍRGULA'

Autor de outros títulos, Lucas Litrento explica que a criação do livro foi dada criado a partir da ideia de uma aproximação com a música, especificamente com o rap

Por Redação* 24/03/2023 18h06 - Atualizado em 24/03/2023 18h06
Escritor alagoano lança livro de poesias sobre a negritude: 'PRETOVÍRGULA'
Lucas Litrento. - Foto: Divulgação / Círculo de Poemas

PRETOVÍRGULA é o nome do mais novo livre lançado pelo escritor alagoano, Lucas Litrento. O poeta lançou sua obra pela editora Círculo de Poemas. Este é o terceiro título do autor. A edição foi feita pela poeta Bruna Beber, e lançada em janeiro deste ano. 

Lucas revelou ao repórter Allan Barros, do Novo Extra, que o livro foi criado a partir da ideia de uma aproximação com a música, especificamente com o rap, tomando como princípio que todos os poemas soassem musicais. 

Ele destaca que o título 'PRETOVÍRGULA' vem como um disparo. Segundo o autor, Pretovírgula, no livro, é a figura que ele representa com uma máscara, que usa para se apresentar em poemas do livro; no sentido de que há uma aproximação e uma distância, ao mesmo tempo, dessa figura que ronda os poemas com a própria figura do poeta. 

"Sou o autor, mas os poemas não são escritos somente a partir de minha vivência, vai muito além disso. Os poemas retratam a historiografia negra e questões negras ao longo de um período de tempo muito longo. A questão é tentar dar conta de sentimentos, de ações e histórias que permeiam a diáspora e esse Atlântico negro que permeiam muito tempo, não é algo que é necessariamente da minha vivência, mas que está para além de mim, mas que também sou eu, então por isso a máscara", revela Lucas.O título diz respeito ainda a discursos sobre a negritude, visões de mundo relacionadas ao papel e à voz do artista negro. "PRETOVÍRGULA quer dizer abertura, espaço para pluralidade, para a diversidade de formas, de visões de mundo", pontuou. 

O autor explicou que o livro é também uma sequência narrativa e de discurso aos seus livros anteriores, principalmente de seu primeiro livro de poemas "Os meninos iam pretos porque iam". Porém, com uma diferença no tratamento da forma. "A ideia é não ficar muito preso ao discurso, mas de trabalhar, de usar o discurso político como uma abordagem, como um meio, não como um fim. Então, PRETOVÍRGULA se refere ao espaço aberto que é o lugar da arte negra".

O processo criativo surgiu a partir da Lei Aldir Blanc de incentivo à cultura, que saiu em 2020. O livro foi enviado à apreciação para aprovação como uma versão inicial. Poemas que haviam sido escrito por volta de 2019 e 2020 foram sendo maturados até o convite para publicação na coleção de poesia e clube de assinaturas Círculo de Poemas, de São Paulo. 

O livro PRETOVÍRGULA está disponível no site da editora e nas livrarias.




*Com informações de Allan Barros no Novo Extra.