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Defesa de advogado morto em acidente de carro em Maceió questionou contratação de perito de SP

Caso ocorreu em setembro de 2015, no bairro da Serraria e vitimou Ítalo Peterson Vilela; ele ia com a família para o aeroporto quando o carro em que estavam foi atingido por outro veículo em alta velocidade

Por Redação* 11/04/2023 16h04 - Atualizado em 12/04/2023 14h02
Defesa de advogado morto em acidente de carro em Maceió questionou contratação de perito de SP
Promotora do MP/AL, Adilza Inácio de Freitas - Foto: Assessoria MP/AL

Nesta terça-feira (11), desde às 9hrs da manhã, ocorreu na cidade de Maceió o julgamento do motorista Acácio Lima. O homem foi acusado de matar o advogado Ítalo Peterson Vilela de Freitas, após bater no carro da vítima em alta velocidade, na Avenida Menino Marcelo, em 2015. O caso foi avaliado no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro.

No momento da colisão, além de Ítalo estavam no veículo, dois irmãos (Ivisson e Perlyesus) e a cunhada Patrícia Freitas. A primeira testemunha ouvida no caso foi Ivisson. Ele afirmou que o carro da família estava em baixa velocidade quando o outro condutor, jogou o automóvel contra o deles. Acrescentando que a pancada foi tão grande que arrancou o motor e causou múltiplas fraturas nos ossos do lado esquerdo e ainda hoje tem placas de titânio. Outra vítima, seu irmão Perlyesus Vilela perdeu toda a área dental inferior. 

O defensor Eraldo questionou a apresentação do perito paulista contratado pelo réu, apresentando, inclusive, imagens que sustentam o laudo da Perícia Oficial (Polícia Científica) de Alagoas.

Segundo ele, o perito contratado não se prendeu a detalhes importantes. "Não tenho dúvidas de que a Perícia Oficial é a correta e a contratada atua equivocadamente. Perguntei sobre a espessura dos pneus para ele argumentar sobre seu entendimento e ele não soube, disse que não tinha reparado. Como é que um perito contratado não se preocupa com detalhes que comprometem seu cliente?", reflete o defensor.

A promotora do caso, Doutora Adilza Inácio de Freitas, lembrou que os depoimentos estão na fase policial. "O Ministério Público tem compromisso com a verdade, essa promotora já pediu absolvição, arquivamento de muitas pessoas, se o réu fosse inocente eu não estaria aqui mostrando as provas contundentes e pedindo para se fazer justiça condenando o acusado".

E acrescentou com uma crítica à defesa do réu:

"O perito foi pago para dar uma aula e apresentar a mentira que interessa a seu cliente. Ele veio de São Paulo, obviamente, para isso, para tentar impressionar. A perícia alagoana não vende laudos, ela precisa ser parabenizada pelo trabalho competente. Por isso, o Ministério Público pede a condenação do réu. Poderia ser a família de qualquer um de nós", enfatizou a Dra Adilza.

*Com informações da assessoria