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Arcturus: conheça sintomas da nova variante da covid-19 que já circula no Brasil
Apesar da rápida contaminação, XBB.1.16 não apresenta riscos de maiores hospitalizações e mortes, segundo especialistas; conjuntivite e febres altas são alguns dos sintomas que podem estar associados à nova cepa
A nova variante da covid-19 Arcturus, também chamada de XBB.1.16, já circula no Brasil. A cepa recém-descoberta foi detectada no na cidade de São Paulo, segundo informações do Ministério da Saúde e da prefeitura da capital paulista.
A linhagem vem sendo tratada desde meados de abril como uma variante de interesse (VOI, na sigla em inglês), pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em função da sua rápida disseminação nas últimas semanas.
Embora provoque sintomas diferentes em comparação com cepas passadas, como conjuntivite e quadros de febre alta, a nova linhagem não apresentou, até o momento, potencial para causar novas ondas de mortes e hospitalizações, ou então gerar riscos mais graves à saúde dos infectados, segundo especialistas. E as atuais vacinas disponíveis, de acordo com um epidemiologista ouvido pelo Estadão, dão conta de garantir a proteção contra a variante recém-descoberta.
Segundo informações publicadas pela imprensa internacional, os sintomas associados à subvariante não se diferem muito dos já conhecidos da Covid, mas se destacam:
- Conjuntivite
- Coceira nos olhos
- Dor de garganta
- Febre alta
- Nariz entupido
- Dor no corpo
Na Índia, a variante pode estar ligada a uma “explosão de casos” de Covid desde janeiro deste ano.
Para o epidemiologista Jesem Orellana, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, alguns desses sintomas foram vistos com menos frequência em cepas que predominaram no passado. Isso prova, segundo o especialista, que “o vírus não muda apenas em termos de estrutura genética, mas em relação à própria sintomatologia”.
Mesmo assim, o epidemiologista tem um discurso tranquilizador. Ele diz que as atuais vacinas distribuídas no Brasil são capazes de proteger a população da nova nova variante. “Não há grande razão para pensarmos que vacinas como a bivalente deixarão de ser altamente efetivas para casos graves e morte por covid-19. Por enquanto, todas as vacinas seguem funcionando bem”, diz.