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Moradora denuncia abandono em uma das ruas mais antigas de Maceió: "Falta água e o lixo na porta"

Segundo Duse Leite, o lixo na Rua Dr. José Bento Júnior, a antiga Rua do Cortiço, localizada nas imediações dos bairros do Centro e Farol, não vem sendo recolhido e a falta de água é uma constante na localidade

Por Ruan Teixeira e Vinícius Rocha 10/05/2023 17h05 - Atualizado em 10/05/2023 19h07
Moradora denuncia abandono em uma das ruas mais antigas de Maceió: 'Falta água e o lixo na porta'
Lixo na Rua Dr. José Bento Júnior, a antiga Rua do Cortiço, em Maceió - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por meio das redes sociais, Duse Leite, moradora da Rua Dr. José Bento Júnior, a antiga Rua do Cortiço, uma das mais antigas da capital alagoana, localizada entre os bairros do Centro e Farol, denunciou que há dois anos, a rua não recebe assistência da prefeitura para o recolhimento do lixo. A falta falta de água também é uma constante na região, assolada por assaltos e usuários de drogas. 

Segundo ela, há oito meses que moradores e comerciantes estão sem água nas caixas, o que fez com que Duse fosse obrigada a comprar serviços de caminhão-pipa. A violência também faz morada na Rua do Cortiço e, segundo a denunciante, os casos de assalto e o alto consumo de drogas podem ser observados com frequência na rua que liga o Centro ao Farol, principalmente na escadaria por trás do banco Itaú, na rua do Sol e na Ladeira da Catedral.

Em publicação nas redes sociais, a moradora lamenta a situação: "Embora sejamos contribuintes e tidos como cidadãos. Pagamos impostos em dia, porém sem retorno. Estamos a mercê desses infortúnios. Que Deus nos ajude e proteja". 

Ela reclama que a prefeitura revitalizou a Escadaria Todos Pela Cidade, que liga a rua Dr. José Bento Júnior à Ladeira da Catedral, mas que não há segurança para quem visita o novo ponto turístico. "A vigilância motorizada da Ronda do Bairro fica no Parque Gonçalves Ledo e faz a segurança dos estudantes da região, mas não monitoram a rua de trás, e infelizmente nós sofremos com a violência". 

A denunciante diz que seu genro foi assaltado na porta de casa e que ela teve os contadores de energia furtados, bem como as calotas de seu veículo. "Em plena luz do dia, até revólver colocaram na cabeça dele... e o lixo? Pagamos taxa do lixo, mas nós é que temos que fazer o serviço. Os bandidos ficam aqui, dão 'carreira' nas pessoas que passam. De dia só tem comércio e a noite nós sofremos com essa situação". 

Ela criticou também a atuação da BRK Ambiental, empresa responsável pela distribuição de água em Maceió. "Supera qualquer predicado". A denunciante conta que a água é de má qualidade e que o encanamento ainda é de metal, causando doenças nela e na família. 

"Nasci e cresci na mesma rua. Foi uma infância, adolescência e fase adulta maravilhosa. Lembro-me dos meus pais contando a história de como era, e como minha família dominava aquele pedaço. Meu avô paterno abriu o acesso a escadaria que hoje tem o nome "Escadaria todos pela cidade", que na verdade era Travessa da Constituição", escreveu Duse, em publicação no seu Instagram.

Por meio de nota enviada a reportagem, a Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (ALURB) informou que irá verificar o serviço de coleta no local e, em caso de não cumprimento, irá notificar a empresa responsável. 

Em casos de denúncias e solicitações, a ALURB disponibilizou o Central de Monitoramento da Sudes, que atende pelo 0800 082 2600 ou pelo WhatsApp 98802-4834. 

A reportagem também entrou em contato com a BRK, mas até o momento não obteve resposta. O espaço está aberto para eventuais explicações.