Geral

Coren-AL vai apurar supostas inscrições de chapas sem nomes para as eleições da entidade

Em nota, a assessoria da entidade diz que os membros do Plenário do Coren-AL ainda não tomaram conhecimento do documento de denúncia

Por Redação 13/07/2023 10h10 - Atualizado em 13/07/2023 11h11
Coren-AL vai apurar supostas inscrições de chapas sem nomes para as eleições da entidade
Coren - AL - Foto: Reprodução


Após o Jornal de Alagoas divulgar em primeira mão as acusações de fraude na criação de chapas nas eleições do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL), a presidência e o plenário do conselho afirmam, em nota enviada à reportagem que “envidarão todos os esforços para apurar e instaurar tantos procedimentos quanto se façam necessários” para refutar denúncias.

Em nota, a assessoria da entidade diz que os membros do Plenário do Coren-AL ainda não tomaram conhecimento do documento de denúncia, pois eles somente terão ciência quando ocorrer a próxima Reunião Ordinária de Plenário, quando será recomendada a instauração de procedimento interno para apuração das inscrições eleitorais “duvidosas”, e ainda alega que “podem ter sido realizadas por quem subscreveu a denúncia, como forma de tumultuar o processo eleitoral”.

As queixas foram feitas após o enfermeiro Douglas Cristian de Medeiros Leardini, um dos líderes da chapa “Renova Enfermagem” tentar realizar a inscrição de sua chapa para as eleições para direção do Coren e ter sua inscrição indeferida. Ele alega que o indeferimento foi arbitrário e, entre outras denúncias, foram criadas duas chapas ‘fakes’, com registro de CPF e de pessoas inexistentes.

Além disso, o denunciante alega que “um conluio eleitoral” estaria acontecendo, uma vez que integrantes da chapa um concorrerão à direção da entidade pela terceira vez seguida, o que é proibido pelo estatuto da instituição. Além disso, a chapa 1 “Enfermagem unida, é enfermagem forte” tem como um dos representantes Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa, esposa do atual presidente da entidade, Renné Costa.

Douglas, que teve sua inscrição negada por “certidão negativa de contas julgadas irregulares junto ao Tribunal de Contas da União (TCU)”, afirma que a chapa não apresentou a documentação de um dos membros, o que seria uma exigência básica da inscrição.

Outras denúncias de chapas fantasma nas eleições do Coren foram recebidas pela Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) direcionadas às chapas 2 e 3, “Estudantes Unidos” e “Estudantes de Enfermagem” um TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência, com o objetivo de comprovar a fraude.

O Jornal de Alagoas já havia entrado em contato com o presidente da Comissão Eleitoral, Marcos Domingos, que afirmou não ter conhecimento das acusações. Marcos ainda afirmou que "Não tem como ter CPF falso. Se tivesse CPF falso, era fácil resolver, recorria ao Cofen em Brasília, tenho certeza que eles teriam tomado providência"

Leia a nota do Coren-AL na íntegra:

Diante dos fatos veiculados na imprensa, a Presidência do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL) esclarece, aos profissionais de enfermagem e à população Alagoana, que somente no dia 10/07/2023 tomou conhecimento do documento intitulado “denúncia”, protocolado pelo enfermeiro Douglas Cristian de Medeiros Leardini.

No documento protocolado neste Regional é relatado pelo subscritor que houveram inscrições de chapas eleitorais contendo nomes/CPFs inexistentes - intituladas chapas fake.

De proêmio, faz-se imperioso consignar que a Presidência e o Plenário do Coren-AL rechaçam qualquer tipo de fraude ou de fakenews, seja no âmbito profissional ou até mesmo eleitoral, razão pela qual envidarão todos os esforços para apurar e instaurar tantos procedimentos quanto se façam necessários.

Registra-se que os membros do Plenário do Coren-AL ainda não tomaram conhecimento do documento, pois eles somente terão ciência quando ocorrer a próxima Reunião Ordinária de Plenário, oportunidade em que, decerto, recomendarão a instauração de procedimento interno para apurar as citadas inscrições eleitorais apócrifas, as quais, inclusive, podem ter sido realizadas por aquele(s) que subscreveu(eram) a denúncia, como forma de tumultuar o processo eleitoral.

Ademais, quanto ao suscitado indeferimento da chapa inscrita pelo enfermeiro Douglas Cristian de Medeiros Leardini, registra-se que a Presidência do Coren-AL não se envolve no processo eleitoral - conforme preconiza o código eleitoral -, cabendo à Comissão Eleitoral gerenciar todo o pleito.

O único procedimento junto ao MPF que a Presidência tem ciência é um que já foi objeto de esclarecimentos e que trata sobre um de requerimento protocolado por postulante a candidato que, por desconhecer as regras postas no Código Eleitoral, buscava a publicação do Edital n. 02 em momento inadequado. A Comissão Eleitoral também teve conhecimento do fato.

De mais a mais, a Presidência do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas se coloca à inteira disposição para prestar todo e qualquer esclarecimento que se faça necessário.

Assessoria