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Sinéad O'Connor morre aos 56 anos e deixa três filhos
Cantora fez sucesso com a balada composta por Prince e ficou conhecida por opiniões veementes
Sinéad O'Connor morreu aos 56 anos, informou o jornal "Irish Times" nesta quarta-feira (26). "É com muita tristeza que comunicamos o falecimento de nossa querida Sinéad".
Família e amigos estão devastados e pediram privacidade neste momento tão difícil", disse a família da cantora, em nota. A causa da morte não foi divulgada.
Famosa por suas opiniões veementes sobre vários temas, como os direitos da mulher e os abusos cometidos por integrantes da Igreja Católica, a popstar irlandesa já falou diversas vezes em público sobre a vida com depressão e fibromialgia, doença que aumenta a sensibilidade à dor através de nervos.
Shane, filho da cantora, morreu no ano passado, aos 17 anos. Ela deixa outros três filhos. Ela foi aclamada pela crítica em seu primeiro álbum, "The lion and the cobra" (1987), que tinha músicas como o pós-punk dançante "Mandinka", com letra que citava uma tribo africana e falava sobre os percalços da chegada à vida adulta.
A fama mundial veio com "Nothing compares 2 U", música composta por Prince (1958-2016). A balada emocionada cantada com voz doce e potente chegou ao primeiro lugar em vários países, incluindo os Estados Unidos. Em 1990, ela foi eleita pela revista "Billboard" como o single #1 daquele ano.
O clipe marcante também ajudou na divulgação, é claro. Basicamente, o vídeo tinha Sinéad cantando em frente a um fundo preto, com vários closes.
"Nothing compares 2 U" foi o único grande sucesso. Ela lançou dez álbuns em 37 anos de carreira, incluindo discos dedicados a canções tradicionais irlandesas, a clássicos do jazz, ao folk rock e ao reggae.
Em 1992, O'Connor rasgou uma foto do Papa João Paulo II no Saturday Night Live, um dos programas mais populares da TV americana.
"Lute contra o verdadeiro inimigo", disse ela. Ao cantar a música "War", de Bob Marley, a artista trocou a palavra "racismo" na letra para "abuso infantil", em protesto contra as denúncias de abuso na Igreja Católica.
Em 1990, ela foi criticada por publicações e artistas americanos ao garantir que não se apresentaria se o hino nacional dos Estados Unidos fosse tocado antes dos shows dela. Frank Sinatra disse que iria "chutar a bunda dela" caso a encontrasse.