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Coração: Alagoano foi o transplantado mais longevo do Brasil; saiba mais
Francisco Sebastião de Lima celebrou mais de três décadas após a intervenção
O caso do apresentador Fausto Silva, o Faustão, que está na fila de transplantes repercutiu e aumentou a procura sobre transplantes. De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de rejeição de transplantes é alto e a adaptação depende de muitos fatores. No entanto, existem casos exitosos, como o do alagoano Francisco Sebastião de Lima, que viveu 34 anos com um coração transplantado e foi o brasileiro mais longevo na condição.
Para Bruno Bisseli, cardiologista e supervisor do Programa de Insuficiência Cardíaca e Transplante Cardíaco do Hcor (Hospital do Coração) as notícias atuais são otimistas já que registros internacionais apontam um aumento na sobrevida de transplantes nos últimos dez anos.
"A média de sobrevida no primeiro ano atualmente é de 80%, o que é muito bom se compararmos com pacientes que estão na fila e que têm chances de 80% a 90% de mortalidade. A sobrevida média está girando em cerca de 13 anos Existem casos que têm mais de 20 anos após os transplantes", afirma Bissoli.
Francisco Sebastião de Lima, natural de Santana do Mundaú-AL, é um exemplo desse avanço. Em 1989, aos 17 anos ele recebeu um transplante de coração e celebrou mais de três décadas após a intervenção, até 11 de abril deste ano quando faleceu aos 51 anos.
Entre as situações que podem causar recusa de um novo órgão estão vários fatores, como condições do doador, condições do receptor, condições do órgão e logística. De 2014 a 2021, dos 3.142 corações oferecidos pela Central Nacional de Transplantes (CNT), 2.631 foram recusados. Dos 511 aceitos, apenas 441 foram efetivamente transplantados.
É necessário haver compatibilidade imunológica para que o transplante seja bem sucedido: compatibilidade sanguínea entre doador e receptor e que os receptores do receptor não agridam o novo órgão. O tamanho também é um fator importante, pois o coração deve ser correspondente à demanda do corpo do receptor.