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Alagoas registrou mais de 300 tremores em nove anos

O levantamento do Departamento de Geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte registrou, só no ano de 2023, 15 tremores em Arapiraca

Por Redação* 04/09/2023 09h09 - Atualizado em 04/09/2023 09h09
Alagoas registrou mais de 300 tremores em nove anos
Arapiraca - Foto: Pablício Vieira (Ascom Arapiraca)

Os tremores que assustaram a população de Arapiraca são muito comuns em todo o estado. O jornal Extra teve acesso ao levantamento do Departamento de Geofísica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que registrou 305 eventos sísmicos em todo o estado de Alagoas.

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Os dados revelam uma variação na frequência em que os tremores acontecem: 1 em 2015, 2 em 2016, 0 em 2017, 16 em 2018, 12 em 2019, 24 em 2020, 87 em 2021, 106 em 2022 e 57 até agosto de 2023. Ao Extra, o professor André Tavares, engenheiro do Departamento de Geofísica da UFRN atribui o aumento no número de registros principalmente à instalação crescente de sensores na região nordestina, uma tendência que se fortaleceu na última década.

O primeiro destes recentes eventos sísmicos aconteceu em 4 de agosto, também com magnitude 1,5, passando despercebido pela maioria dos habitantes da cidade. A sequência incomum destes tremores levanta questões sobre a possibilidade da existência de uma falha geológica até então não detectada na região, segundo especialistas.

“Tivemos 305 sismos desde 2015 em Alagoas, mas isso não significa necessariamente um aumento perceptível para a população. Tremores são eventos recorrentes e um pode levar ao próximo”, explica o professor Tavares ao Extra.

Além de Arapiraca, com 57 eventos registrados nos últimos nove anos, outros municípios em Alagoas também experimentaram tremores com destaque também para Craíbas, com 45 registros, seguido por Belo Monte, que contabilizou 26 eventos sísmicos.

Em 2023, Arapiraca já registrou 15 tremores, com apenas um deles sentido e reportado pela população. Também este ano, Maceió registou um tremor de magnitude 1,9 em 23 de janeiro, na região do Benedito Bentes, mas que, devido à profundidade, não foi percebido pela população.

*Com informações do Jornal Extra