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Nove cidades atingidas por ciclone no Rio Grande do Sul foram mapeadas pela Defesa Civil de Maceió

Agentes realizaram aerolevantamento para quantificar residências atingidas

Por Ascom Defesa Civil 16/09/2023 14h02
Nove cidades atingidas por ciclone no Rio Grande do Sul foram mapeadas pela Defesa Civil de Maceió
Umas das cidades mais atingidas foi Muçum, que registrou 16 mortes após ciclone extratropical atingir o estado - Foto: Bruna Galvão/Governo do Estado do Rio Grande do Sul

A Defesa Civil de Maceió está desde a última segunda-feira (11) com uma equipe de 13 agentes no Rio Grande Sul, para auxiliar nas ações de restabelecimento após passagem de ciclone extratropical no estado. Durante toda a semana, os agentes se dividiram em grupos e se dirigiram às cidades mais atingidas da região, entre elas, Muçum, Roca Sales e Santa Tereza.

Os agentes auxiliaram as Defesas Civis de cada cidade no mapeamento das áreas afetadas para identificar quantas residências foram atingidas. Esses números serão a base para posteriores ações de restabelecimento e reconstrução. Além das atividades de campo, os agentes da Defesa Civil de Maceió tiveram reuniões diárias para produzir planos de trabalho e orientar os agentes das defesas civis de cada município que passaram sobre os processos pós-desastre, quais as etapas e como devem ser realizadas cada ação.

Reuniões de alinhamento para traçar os planos de trabalho de campo. Foto: Bruna Galvão/Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Reuniões de alinhamento para traçar os planos de trabalho de campo. Foto: Bruna 

Galvão/Governo do Estado do Rio Grande do Sul
“Eles nunca haviam passado por um desastre de tamanha magnitude. A partir de agora, indicamos que estejam preparados para eventos como este, produzindo o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR) e planos de contingência e enfrentamento a desastres”, ressaltou Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió.

Foram visitadas, ao todo, nove cidades das mais atingidas: Muçum, Roca Sales, Santa Tereza, Lajeado, Estrela, Encantado, Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul e Venâncio Soares. A Defesa Civil de Maceió uniu forças com as equipes das cidades onde passaram, a Defesa Civil Nacional e a Defesa Civil de Petrópolis/RJ, que também enviaram agentes para auxiliar as cidades do Rio Grande do Sul.

A equipe retorna a Maceió neste domingo (17), e continuará em contato com os gaúchos com reuniões remotas para dar continuidade à troca de cooperação técnica e auxiliar nos próximos passos que serão dados, para que as cidades sejam reconstruídas.

“Viemos para ajudar, mas estamos voltando com o corações cheios de carinho e esperança. Esperança de que em breve nossos amigos gaúchos irão sair dessa realidade e terão suas vidas restabelecidas”, finaliza o coordenador.

O desastre

O Rio Grande do Sul (RS) foi atingido, no início deste mês, por um ciclone extratropical com fortes chuvas que causou inundações e 104 municípios foram atingidos. A Defesa Civil do RS contabiliza até o momento, um total de 48 mortes, a maior parte delas, 16, no município de Muçum. Mais de 359 mil pessoas foram atingidas, das quais 20.978 estão desalojadas e 1.426 desabrigadas. Ainda há nove pessoas desaparecidas.

Atuaram nas cidades atingidas, técnicos de Maceió/AL, de Petrópolis/RJ, da Defesa Civil Nacional e das defesas civis de cada município atingido. Foto: Divulgação

Atuaram nas cidades atingidas, técnicos de Maceió/AL, de Petrópolis/RJ, da Defesa Civil Nacional e das defesas civis de cada município atingido. Foto: Divulgação
Cooperação técnica

A Defesa Civil de Maceió, pela segunda vez, sai da capital alagoana para cooperar com cidades atingidas por desastres naturais em todo o Brasil. Em março deste ano foram à São Sebastião/SP, quando a cidade sofreu com chuvas fortes que provocaram grandes deslizamentos de terra, deixando mais de três mil desabrigados e 64 vítimas fatais.

O órgão municipal dispõe de técnicos nas áreas de geologia, geografia, engenharia civil e de agrimensura e cartografia, que atuam diariamente no monitoramento dos bairros atingidos pelo processo de subsidência que atingiu cinco bairros da capital alagoana, como consequência da mineração de sal-gema.