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Justiça determina fim de protesto em área da Braskem em Maceió; manifestantes mantêm acampamento

Moradores de Bebedouro e do Bom Parto se revezam há uma semaA Braskem diz que respeita o direito à manifestação pacífica, mas que bloqueio de vias causa prejuízos

Por Ylailla Moraes* 19/09/2023 08h08 - Atualizado em 19/09/2023 08h08
Justiça determina fim de protesto em área da Braskem em Maceió; manifestantes mantêm acampamento
Acampamento de moradores que protestam por realocação em área da Braskem, no Mutange, Maceió - Foto: Arquivo pessoal

A Justiça determinou que os manifestantes acampados há uma semana em um canteiro da Braskem no bairro do Mutange, em Maceió, se retirem do local. Os manifestantes cobram realocação e inclusão no programa de compensação financeira da empresa responsável pela mineração na região.  Em entrevista dada ao G1 eles disseram nesta segunda-feira (18) que não vão deixar o local.

A manifestação está sendo realizada por moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro, e do bairro do Bom Parto, pedindo o mesmo tratamento dado aos proprietários de cerca de 14 mil imóveis que foram desocupados em cinco bairros de Maceió.

Para que eles sejam realocados e incluídos no programa de indenização, é preciso reconhecimento da Defesa Civil Municipal de que a área onde residem foi afetada pelo afundamento do solo, contudo, não há comprovação oficial de que isso ocorra nestas localidades.

A decisão judicial é de sexta-feira (15). A Braskem entrou com ação de interdito proibitório na Justiça, alegando que líderes comunitários e mais pessoas "se mantém instalados na área do canteiro de enchimento da empresa, sem data e hora para sair, ocasionando a obstrução das vias de passagem da autora, de forma que impede a execução do seu trabalho".

*Estagiária sob supervisão